terça-feira, 26 de abril de 2011

BRUXARIA E RE-LIGARE

RELIGIOSIDADE POPULAR x RELIGIÃO ESTATAL

A HERESIA DA BRUXARIA

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Muito se tem falado a cerca de nossas práticas como um Coventiculo do Ofício, pessoas com boas ou más intenções tem informado coisas não corretas a nosso respeito, pelo que soubemos houve até acalorados debates a cerca de que fazemos ou não, misturas com as práticas das religiões afro-brasileiras.

Como tenho dito a questão é “NÃO” fazemos misturas com nenhuma das religiões "afro-brasileiras" o que fazemos, é, mas uma questão de resgate da nossa herança cultural vinculada as nossas origens, raízes e sangue.

Por exemplo, certo dia uma amiga questionou (depois de ver numa das fotos nossas) as taças com água num dos altares da Capela de Nossa Senhora Rainha dos Céus (um dos locais de ajuntamento noturno) se era uma forma do Culto de Catimbó...

Respondemos: O catimbó é uma forma de culto do Nordeste brasileiro, que tem na ciência da jurema suas bases, se usarmos a jurema como um substituto de uma planta que entram na composição de certas bebidas e ungüentos herdados da Bruxaria Portuguesa (porque o PRINCIPIO ATIVO e RITUAL tem a mesma “SIMILITUDE”), ao invés de trazer a erva da Península Ibérica que teria custo altíssimo.

a) Por usar jurema estaríamos fazendo mistura de culto?

b) Por usar jurema estaríamos catimbozano as nossas práticas?

c) Por usar jurema estaríamos agregando conhecimento as nossas Práticas?

d) Por usar jurema estaríamos regionalizando nossas Práticas?

e) Por usar jurema estaríamos resgatando conhecimento presente na feitiçaria colonial?

Perguntas retóricas? tá admitimos.

INSERÇÃO DO ELEMENTO JUREMA

Intercâmbio entre os Mundos

Posso afirmar seguramente que não trabalhamos com a mistura de religião ou entidades Afro-Brasileiras na Tradição Ibérica.

Isso não quer dizer que se um Espírito cuja origem seja qualquer culto vier até nós vamos exorcizá-lo, expulsá-lo ou destratá-lo, MUITO PELO CONTRÁRIO, isso já ocorreu, pois certos Espíritos, Mestres e Seres das Matas já vieram até nós, e tais entidades foram reverenciadas na forma reconhecível por elas e trouxeram ensinos, alívios e feitiços. Geralmente vieram a nós, ou como, ou por meio dos mortos dessa Terra, e ISSO OCORREU SEM QUE FOSSE NECESSÁRIO NOS SUBMETERMOS A QUALQUER LÍDER OU RITUAL RELIGIOSO PRATICADO no Brasil.

Como assim, como isso acontece?

Isso acontece porque temos aos poucos aprendido a dar os primeiros passos fora do limite estabelecido pelo dogma e pela moral (das religiões), e mais ainda pelo estabelecido por qualquer religião sobre como conectar o outro lado.

Isso em termos de expressão visível de nossa prática significa que elas não contêm a figura do INTERMEDIÁRIO entre o PROFANO e o SAGRADO, e mesmo assim temos resultados esperados.

Por exemplo, Mestre Francisco, um jovem vaqueiro que morreu antes dos 21 anos, no final dos anos 40, é um dos poderosos dessa Terra que nos ensina nos portais da Hypnogogia. Mestre Chico, quando vivo, tinha fortes ligações com a jurema e seu culto, e, no entanto, nunca nos pediu ou exigiu nada em troca desse conhecimento, a não ser que preservássemos ciência ensinada por ele com coração e fé e a usássemos apenas quando necessário, nós é que na nossa teimosia sempre representamos os reinos e cidades da Jurema no Altar Lasa do nosso Santuário Coventicular...

Assim a inserção do elemento Jurema existe, e com isso fazemos alguns de nossos trabalhos... Até porque como já dito nós “LVNAE” temos uma inclinação de buscar resgatar praticas comuns a Feitiçaria Colonial e agregá-los as nossas práticas... E nisso louvada seja nossa sagrada HERESIA...

E por isso nós declaramos: “...UM LVNAE DE VERDADE, NUNCA PERDE A ROTA... NÓS NÃO PRECISAMOS NOS COVERTER A NENHUMA RELIGIÃO, NÃO PRECISAMOS NOS TORNAR AQUILO QUE MAIS COMBATEMOS: ESCRAVO DO POR QUE; E NÃO PRECISAMOS LAMBER O PRÓPRIO VÔMITO DE NOSSA HONRA....”

Quando se é marcado como LVNAE, quando se tem ALMA DE FOGO e O SANGUE DAS FADAS, não temos que nos submeter aos rituais das religiões para ter acesso a Gnosi, apenas precisamos suportar e VENCER AS ORDÁLIAS, ter coragem PARA CORTA NA PRÓPRIA CARNE O DESAPEGO e isso cuidamos de fazer

AS “RELIGIÕES” E A FEITIÇARIA.

Agora existe, para nós, uma diferença em ser iniciado em vários fluxos de linhagem da Bruxaria e ser iniciado nas “religiões” que lide com aquilo que os antropólogos e etnólogos chamam puramente de religiões fetichistas.

E porque essa diferença tão obvia?

Simples, a Bruxaria é um Ofício, e é também a Feitiçaria Herética, ou seja, aquela que foge a regra estabelecida pela religião e funciona sem o patronato de religião e sem a batuta de um Líder religioso.

Como já disse existem vários fluxos de linhagens dentro da Arte... Entenda a Bruxaria é um Ofício... E não um religião, talvez as modernas práticas de Culto da Religião da Deusa seja a Bruxaria Moderna (eu disse talvez!!!), mas as pessoas não atentam para um detalhe:

A palavra “MODERNA” depois da palavra “BRUXARIA” significa aquilo que pertence ao tempo presente ou a uma época relativamente recente, hodierno, atual, aquilo que é moderno ou de acordo com o gosto moderno, o novo, o recente, o criado recentemente.

Ou seja, alguém remodelou velhas crenças e práticas da Feitiçaria medieval, tornando-a em acordo com a idiossincrasia da época e até mesmo seus símbolos e signos tornou-se algo diferente, e é consenso que a atual (MODERNA) e POPULARIZADA religião da DEUSA é de fato um moderno (novo) culto de Bruxas que tornou-se algo aceitável pela sociedade em detrimento as práticas e mistérios das Bruxas anteriores ao século XX.

Por isso, posteriormente alguns praticantes da “Arte Sem Nome” saíram das sombras e denominaram suas práticas de “BRUXARIA TRADICIONAL” delimitando assim claramente a linha entre Bruxaria Tradicional e Moderna...

Se fossemos procurar um parâmetro histórico entre Bruxaria Tradicional e Moderna, eu diria que o equivalente seria a REFORMA PROTESTANTE, e antes que algum “xiita” me jogue pedra, quero que entendam o sentido do que estamos dizendo, e eu não estou afirmando ou dizendo que a Bruxaria Moderna é cristã, ao contrário, ela é pagã em gênero, número e grau. Apenas fiz um parâmetro comparativo na história.

RELIGIOSIDADE POPULAR E RELIGIÃO ESTATAL

A Bruxaria Tradicional traz em sua composição á herança mágico-religiosa de um povo, ou seja, os mistérios, a magia ou feitiçaria oriunda da cultura, geralmente, essa herança contraria ou distorce as práticas milagrosas (oferendas, suplicas, rogos, orações e interseções) dos Sacerdotes e conseqüentemente distorce o dogma, um exemplo disso, são as Rezadeiras do interior, que usando ramos de ervas realizam a cura, essa prática não lhe é autorizada pelos Cânones da Santa Madre Igreja, mas é uma prerrogativa do Sacerdote Católico, e, de certa forma ela está sendo usurpada já que ela não recebeu autorização da Igreja e nem ocupa função Sacerdotal dada pela Igreja. A Rezadeira (inconscientemente) fere o dogma ao empregar a reza e usar nomes, signos e símbolos da fé católica (de forma distorcida e não autorizada), em palavras simples, distorce a magia religiosa dos Sacerdotes e Lideres religiosos do catolicismo, assim ela comete sem saber “HERESIA”, e essa heresia e chamada por nós de magia ou religiosidade popular, e isso e o que buscamos.

Como você pode notar essa religiosidade popular, atrela sobre si a máscara da toponomia (e da cultura), ou seja, do local (de modo geral) onde é praticada, e mais as lendas e mitos agregados à ela com o passar do tempo. Essas diferenças na forma de religiosidade popular faz surgir externamente às peculiaridades das diferentes formas de expressão dessa religiosidade popular (simpatias, feitiços, obrigações, cânticos, ervas, entidades, símbolos, orações e etc,), ou seja, diferentes expressões (externas) de religiosidade popular faz surgir as diferentes formas de heresia ou feitiçaria (cujos objetivos são sempre os mesmos).

O CAMINHO RETO E O CAMINHO TORTUOSO

Lidar com as diferentes formas de religiosidade popular é extremamente sensível, porque as pessoas não olham que existe aqui um componente de “VERDADE PERENE OU ETERNA”, elas se fixam apenas na forma e na diferença e esquecem que essas formas e diferenças expressam essencialmente a mesma verdade.

Observe que falamos da religiosidade popular e não da religião estatal. Existem alguns, com ou não, boas intenções, que sonham com uma Grande Religião de Bruxaria Tradicional, mas isso é impossível, por que a Bruxaria Tradicional é um Ofício...

Cada Coventiculo, Conciliabulo, Ajuntamento Akerrale, Loja, etc.. Trabalha seu Ofício a seu modo, cada um é único, independente, mesmo que sejam irmãos de mesma linhagem.

E nós não precisamos de Religião Mundial de Bruxaria (um Caminho reto) que normatize nossas práticas e destrua o núcleo de Gnosi de cada Clã Feiticeiro, por isso para nós “Corvos” não existem Rei ou Rainha dos Bruxos, não existe Conselho de Bruxaria que não seja de nosso próprio Coventiculo.. Nós dispensamos Associações, Autarquia e Sindicato de Bruxaria, nós nos negamos a termos “representantes dos Bruxos” no país, pois isso tornaria Bruxaria Religião Estatal, domínio de poucos, e não demoraria para surgirem os intermediários entre os Bruxos e seus Deuses e Espíritos (vamos passar a sacolinha??) e as diferentes Tradições brigando para arrebatar mais ovelhas para seus templos e casas...

A FLAMA NEGRA X RE-LIGARE

Graças a Nossa Senhora da Lusitânia, a Bruxaria não é uma religião, porque Religião é Re-ligare (religar o homem ao sagrado), mas o Bruxo tem o sagrado dentro de si e dentro do seu Sangue de Fada, então como posso religar meu sangue herdado dos Céus, como religar aquilo que á parte dele?

O Bruxo é Alma de Fogo, que trilha o caminho de fogo, a estrada feita pela Serpente incendiária, àquela flama negra que iluminou o interior da Ktéis das filhas dos homens na idade dos tempos..

Ora, o re-ligar foi efetuado quando o sangue das mortais foi contaminado pela saliva flamejante da serpente e do luminoso dragão. Portanto, o Bruxo não realiza o re-ligare, porque o Re-ligare é mortal, criado pela religião mortal e pelo homem mortal, assim religião nenhuma re-liga o homem ao divino, porque a religião gerou as figuras do Sacerdote, Pajé, Padre, Gurus, Pai ou Mães, como intermediários entre o que deve se re-ligar e a quem ou ao que deve ser re-ligado... E assim, os inventores da religião cria o dogma que obscurece (e usurpa) o mistério do sagrado dentro da carne, afasta o homem do divino refletido na natureza toda-ao-redor, dificulta ao fiel o acesso ao direito sagrado de filho do divino, inculcando-lhes que somente ele, figura intermediária e sacerdotal, com seus dogmas, ritos e práticas, ou somente a forma ensinada por eles é capaz de re-ligar o homem ao sagrado, portanto o mortal barro re-liga seu Ego ao o Ego do Sacerdote/Líder da religião mortal e não ao sagrado.

A diferença entre a Bruxa e o fiel da religião é aquilo que já dissemos em outras palavras, ou seja, a Bruxa tem o acesso ao divino e ao infernal sem intermediários direto, que forneça e seja, o único meio a esse acesso, ela faz isso, sem a figura centralizadora do culto, ela voa ao céus e desce ao inferno, ela comunga com vivos e mortos, ela muda a realidade ao seu redor, ela cura, ela mata, ela abençoa e ela amaldiçoa; E essas são funções que na religião é do Líder, e como a Bruxa realiza esses atos (de feitiçaria), ela confronta indiretamente o Líder religioso (com suas práticas heréticas) e conseqüentemente ela demonstra a falta de valor e verdade do dogma e a infabilidade sacerdotal e dessa forma a Bruxa é a tornada “persona non grata”, ou seja, ela é retratada como feia, hedionda, diabólica, destruidora de casamentos, causadora infertilidade, ela é acusada de ser a fiel servidora do inimigo da religião...a História prova isso.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desde que estamos a aqui o Bruxo bate de frente com a religião estatal, seja ela o antigo Paganismo ou o atual Cristianismo, e esse bater torna a Bruxa (ou a Benzedeira, ou a Feiticeira) que realiza o milagre ou cura (sim atos que mudam a realidade ao redor, mas que seu inimigo, ou seja o Líder da Religião Estatal, chama feitiçaria demoníaca), assim a religião dominante ao ter sua função como meio para o sagrado (para remediar ou acabar as mazelas e sofrimentos, para aconselhar, salvar vidas e encomendar almas e acalentar as famílias dos mortos) confrontadas por atos heréticos da Feiticeira, reage e transforma a Bruxa em herética. A Bruxa por isso vive fora do limite estabelecido pela sociedade, e, pela religião que domina e permeia a moral, a religião dita os bons costumes (conforme o dogma) e o Bruxo é marginal por excelência dessa sociedade e sua Arte é herética e demoníaca, cujos resultados são incontestes e eficazes e acontecem sem a permissão da religião dominante e sem o papel do Sacerdote.

Desta forma, a Bruxa (ainda hoje) fere o estabelecido para a sociedade e deve ser punida (perseguida e chamada de serva do Diabo e de filha de Satã), sendo agora a criatura feia, noturna e perigosa que contraia o estabelecido.

Ela é retratada nua, mostrando suas vergonhas, ou em cópula com o Demônio, ou ainda voando numa vassoura (invertida) entre as pernas, porque ela é o inverso da donzela casta. A Bruxa voando contrasta com as virtuosas e submissas esposas cristãs cujo sexo (apenas feito no matrimônio) foi a religião e não o inimigo dela que abençoou.

Assim foi a Bruxa no passado e Assim esta sendo pintada a figura da Bruxa atualmente no cenário nacional, demonstrando por atos, palavras e pensamentos que os mistérios são para poucos, são para aqueles que carregam o sangue das fadas e descem as escadas infernais para ascender até o paraíso perdido....

“...As Fadas continuam raptando crianças de seus berços; elas continuam deixando algumas crianças que não trazem o sangue e marca de Elphame para trás; o importante é que sempre deixam um pequeno demônio para os pais criarem como se fossem seus filhos...nisso consiste o mistério da inocência roubada para quem se atreve a adentrar este caminho tortuoso...Amém”

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Extrato de Conversa pelo MSN em 24 de abril de 2011.

Entre Azazel Semjaza Qayinn Lvnae e Bia Gavazzi

quinta-feira, 14 de abril de 2011

OS LIVROS - OS MISTÉRIOS - O SENTIDO DA VIDA - A TEIA

PARTE - I

A fé às vezes é inimiga do conhecimento.Tem coisas que não são ditas nos livros de Bruxaria, tem coisas que sabemos que ficam no silêncio e só são ensinadas ao pé do ouvido e assim vão perpetuar, pois em essência a Bruxaria é oral, por isso os livros sobre Bruxaria são vagos, neles não há assunto a se debater, pois o escritor, se iniciado, e, conhecedor dos mistérios não publicaria explicitamente (mas o fazem implicitamente, por trás da forma) os mistérios, devemos entender que o que é matéria complexo na Bruxaria não foi feito para ser discutido nem publicado.

Quando você parar e observar que os bons livros de Bruxaria não falam de rituais, nem ensinam feitiços, nem fala sobre os mistérios, saberá o quero dizer. Eles só falam sobre historia, é só isso que se pode debater sobre Bruxaria deforma aberta ate hoje (a menos que você veja por trás da forma). Porque o resto é mistério as pessoas não vão entender (e nem querem) a filosofia da Velha Religião.

A cabeça das pessoas não está preparada para aceitar algumas verdades e digeri-las. As pessoas são burras por natureza. E são ignorantes, porque dizem para eles o que eles devem ser e os meios de comunicação fazem isso com muita facilidade e isso coaduna com o que as pessoas querem, e elas querem facilidades. Tudo é muito fácil e para as pessoas isso é bom, para os seus egos é bom.

Hoje em dia as pessoas não dão mais valor à comida que as esposa cozinham no calor dos fogões, nos legumes que elas colhem na horta, não agradecem aos Deuses pela colheita, não abençoam a hora da refeição e nem fazia a oferenda mais, porque é muito mais fácil ir ao mercado, comprar uma pizza, esquentar no microondas comer e voltar a trabalhar.

As pessoas não querem entender a vida, elas querem facilidades. Assim seu ego é seu pior inimigo. Seu vilão mora dentro de você. Se você não moldar seu ego, não irá entender os mistérios nunca. E como fazer isso? São anos de treinamento é o que chamamos de treinamento mágico e que os modistas de hoje da wicca chama de "dedicação" (no sentido daqueles rituais que se pega na net, sem nenhum treinamento mágico).

Mas o que é este ego? Este ego é o que chamamos na nossa Tradição de "Tecelã", e a Tecelã é aquilo que nos construímos a vida toda, que tecemos todos os dias, mas que acabaremos enrolados e sufocados em suas tenhas se não aprendermos a fiar (és aqui um mistério).

Milhares de pessoas morrem enrolados em seus próprios fios de teia, sem nunca entender o que vida era. Então o que é vida? Eu não sei, se eu soubesse, seria um deus e é o que eu quero ser, e, é o que todos queremos ser deuses.

Por isso lhe digo, qual o sentido da vida? O que é vida? A vida é amor, por enquanto só sabemos isso e só isso pode ser dito, sem trair juramentos: tudo é amor. Esta é a razão por que estamos aqui para amar e é o amor que rege os ciclos e por isso as rodas giram, porque o amor é a energia. Sei dirás: Poxa! Que linguagem mais PinkWicca.

Sempre vós falei por enigmas e garanto isso não é tão "pink" como parece, pois o ódio também é amor e, o seu contrário, e a ausência de amor, e o bem X mal, a beleza X feiúra. É necessário para se conhecer os mistérios, se conhecer o que há no extremo da luz e da escuridão, sem se perder e sem se emaranhar na teia e preciso caminhar por cima e pode dentro dela e saber fiar e dominar o ego e se deixar dominar. Opostos que se complementam e se necessitam. São todos complementos necessários para as cadeias do mundo continuarem girando. Mas para que se segue na estrada e se busca conhecer os segredos dos mistérios? Para nada, nada é alguma coisa e coisa nenhuma...Os mistérios servem para pouquíssimos, aão servem para todos, se servisse para todos, todos saberiam e usariam, e seriam deuses, e seriam egos, e desafiariam a ordem no caos e findaria as coisas antes do determinado pelos Senhores do Tempo. Entenda o que é dito aqui. O ego quer facilidades, tudo que não gera facilidades não é útil mais, por isso o homem não se interessa mais pelos mistérios. Se todos soubessem os mistérios, seriam egos e os mitos da Torre de Babel, do Dilúvio e Atlântida seriam desencadeadas pelos Deuses, portanto, a ignorância é uma benção, não uma maldição. Aprendam, quem sabe mais leva uma vida mais dura. Quanto mais souber, maior solidão e dor, saber demais é um fardo pesado que poucos seres humanos conseguem carregar e pagam um preço alto: o de ser humanamente deus e criar sempre para buscar complementar-se e espantar a solidão, por isso, cada um deve pelo menos passar a outro os mistérios e para que o amor gire a roda e as engrenagens das cosias possam continuar sua eterna (em padrões humanos) caminhada rumo ao retorno do útero das Brumas incognoscível. És um mistério aqui, apenas quem busca sabe. Está bem, confesso, estou falando de apenas de filosofia para vocês. Será mesmo? Falaremos da Teia II em outro texto.

PARTE II

Você é casado?

Têm filhos?

Quem cozinha para você?

O que você come?

Onde você abate os animais que você come?

Onde você colhe as verduras?

Quais as plantas?

Porque você não planta uma horta?

Porque você não planta e colhe seus próprios alimentos?

É mais fácil ir à feira ou ao mercado e comprar?

Quero saber porque VOCÊ não planta e não colhe?

Pense bem, tem que ter uma razão. Sei cada um dará respostas diferentes, alguns dirão que é porque é mais fácil você comprar e não se fica a esperar crescer ou procriar e nem ficar a mercê do clima, da natureza e das marés das energias e assim polpa-se tempo. Certo, mas o que você faz com o tempo poupado? Trabalha, estuda, ama, viaja, etc. E porque faz isso?

Mas porque você faz essas coisas, quem te obriga? Porque você é tão ocupado? O que eu quero que você entenda é que nunca existe uma ou mais resposta para este tipo de pergunta é sempre uma série de coisas, é a Tecelã.

Com os passar dos tempos ela se tornou muito poderosa é uma trama que envolve tudo, formando uma massa ou energia ou força maior esta é a Tecelã, ela não é boa e nem perversa, a Tecelã não é uma Deusa ou espírito, não é uma entidade, ela é um resultado da evolução do homem é o ciclo pedindo para continuar seu circulo e sobreviver. É uma trama e não podemos impedir sua manifestação, pois ela sempre vai existir, se ela se extinguir ou morrer os homens voltam à idade das pedras, os Bruxos devem aprender a domá-la e andar por sobre ela, adentra e sair, eles devem ler seus padrões, essa força ou energia é poderosa e tentadora, ela busca impedir que as velhas engrenagens se movam é uma forca perversamente benéfica, pois pode despertar a ira dos Deuses, e emaranhar todos em suas teias e evitar que o amor seja liberado na roda que gira. Um bom exemplo para representar a Tecelã e o da Bruxaria Nórdica, onde ela é chamada Weaver e é retratada como uma imensa Aranha (para a Bruxaria em Geral) a Aranha é símbolo dos ciclos da morte, seus fios entrelaçados são necessários para que haja caminhos, estradas para a espécie dela continuar sobrevivendo, mas pode ser mortal para os incautos. Ela é mãe da ignorância e impulsionadora do progresso desenfreado, precisa ser domada e para isso, estamos aqui, porque enquanto houver um buscador para andar sobre os fios, ela será domada. Sei dirão, isso é pinkwicca, filosofia complicada e barata, maluquices da mente do Lvpercvs, deve ser mesmo né? Será.

PARTE III

Porque você é Bruxo? Para manter a Tradição viva e girar a roda. Em todas as partes do mundo pessoas fazem deste a pré-história ritos para garantir as viradas das marés de energia que mantém o equilíbrio da natureza em funcionamento.

Qual é então o sentido de girar a roda? Lembrem-se do que falamos sobre os Deuses e sobre imanência, partindo disso, podemos afirmar que somos nós Bruxos, como herdeiros dos ritos ancestrais, tão antigos que se perderam no tempo, os responsáveis pelo sol se levantar todos os dias e pela Lua se tornar crescente, depois cheia e depois escura. Somos nós Bruxos que somos responsáveis que depois do inverno, a neve derreta e as flores crescem.

Então celebramos os ritos para que as coisas sigam seus rumos e o amor possa ser liberado e os contrários se complementem no balé das marés de energia? Exatamente isso, somos responsáveis por manter os ciclos da natureza em funcionamento, como diz Raven Grimasi: "temo que quando a ultima bruxa morrer, o sol não levante mais...".Nós oferecemos uma opção para o mundo não parar sua dança, pois mesmo que as pessoas não estejam alinhadas aos seus ciclos e mesmo que não estejam conectadas as engrenagens do mundo, nós, bruxos estaremos.

Girar a roda, nos reconecta ao sagrado para mantermos a vida e a natureza funcionando. E esta reconexão é recíproca, assim como fazemos um bem para o mundo em manter em equilíbrio suas energias naturais, o mundo nos devolve uma energia tão intensa que a usamos em nosso próprio favor (Magia natural?).

Nós Bruxos, fazemos a roda girar e as coisas acontecerem, são nossos ritos que despertam as sementes e trazem os ciclos sazonais em toda a terra. Ao fazermos isso não nos deixamos prender pelos fios da Tecelã, mas a domamos. E então se ver que o girar da roda, não tem nada do sentido superficial e pueril que se ver nos livros (mas que está lá explicito, veja quem tiver olhos para ver). Mas o que é esse sagrado que nos reconectamos na roda? O sagrado, são os Deuses e eles são o próprio mundo, e vice e versa, lembre-se da imanência. Girar a roda nos reconecta ao sagrado através dos ritos sazonais.

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Extrato de Conversa entre Vagner Cruz (Bruxo Tradicional da Old Norse) e Azazel Semajza Lvnae Iº (Convocador da Casa dos Corvos Sagrados).O Autor autoriza a reprodução do texto, desde que sejam dados os devidos créditos e direitos

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A GRANDE INVOCAÇÃO DO HITITA PAI DOS BRUXOS E SENHOR DA LUZ O BODE PAI, O MESTRE DA LOJA DOS SÁBIOS E DA FESTA SEM FIM

A GRANDE LITÂNIA DE INVOCAÇÃO DE DEZENOVE PARTES

  1. Poderoso e Santíssimo Pai dos Bruxos, Senhor da Busca da Introspecção[1] e do dom Secreto da Serpente, pelo qual a Criança da Sabedoria é inseminada nas almas das mulheres e dos Homens, Ouça esta invocação;
  2. Onde a língua bifurcada do fogo-serpente golpeia, lá o Arcmardi[2] caiu e a terra foi consagrada com a Flama divina. Pai dos Bruxos, Mestre de dubla-cabeça e dubla-face, cujo cume está cercado pelos cornos do Bode selvagem e fértil, todas as orações elevadas dos fiéis são conhecidas por ti. Aqui, rodeado por restos mortais, na presença do fogo sagrado, com sangue derramado de nossas mãos esquerdas e nossas línguas ungidas com sal, fazemos a Grande Invocação, através da qual você é louvado e adorado;
  3. Como esta invocação é feita, assim é conhecido por você, e você nos conhece como sendo seus. Como você está atento a esta invocação, se faça presente aos descendentes de sua casa secreta. E a partir do vazio não-nascido e ilimitado da escuridão além da escuridão, brilhe com sua luz esplêndida. Desde o limiar do invisível, brilhe com o seu duplo olhar e apareça na suas diversas formas, grande Deus que muda de pele;
  4. Chamado por muitos nomes e limitado por nenhum, Mestre, Andras, Bel-Bucca, Altivo, Forte, belo, bestial, sedutor, esperto, antigo e sábio, professor da Arte Real para mulheres e homens, brilhante como a luz da esfera Celeste; Azarach-Theraza, grande e magnífico, desça e esteja novamente entre nós.
  5. Desperte em nós o conhecimento de ti, aquela perpétua, circular, serpentina, semeadura de luz. Professor da Palavra, mestre de todas as Artes, guia do arado, embelezador da face, trabalhador de metal e mais poderoso no ardil. Terrível para os maus, consolador dos inocentes e dos justos, libertador, instrutor nas artes de feitiçaria, doador de si mesmo para o sacrifício, primeiro irmão e parente de todos aqueles que carregam a bênção da consciência e a grande visão da individualidade, nos deixe conhece-lo em cada estação. Nós levamos sua marca sobre nossas mãos esquerdas; sempre nos deixe estar atento de sua presença.
  6. Três vezes Grande Mestre, Orvendale [3], Arqueiro, elogiado por nós como o Senhor da Luz e criticado por homens tolos como o diabo, deixe seu círculo de serpente carnuda, branco e misterioso ao redor de nós, estendendo-se das raízes de nossos corpos para as coroas de nossos crânios: Deixe que os nossos corpos se tornem as árvores do conhecimento; deixe os nossos corpos se tornam as árvores da vida, nos jardins e prados do Bode.
  7. Que você possa consagrar-nos com o seu eterno sibilar, o som majestoso em silêncio: deixe-o penetrar nossas mentes e nos desperte quando nós estivermos em escuridão. Grande e Divino Sábio, Senhor dos ascetas e hedonistas, destrua nossas ilusões e nos leve para o Imortal. Como metal imaculado e afiado, martelado e torturado em chamas, nos mergulhe no seio de águas e nos faça brilhante como a Luz da Manhã, nos deixe sofrer sua transmutação. Espírito-Mestre Elkunarsa[4], Deixe seu sagrado e Poderoso Artavus[5] ser levantado sobre as ruínas do mundo despedaçado das trevas, brilhando como uma estrela sobre a idade regenerada, um nova era de uma nova vida.
  8. Mestre de todos os tempos, Saturniana testemunham de todas as idades, verdadeiro soberano do Aeon, as sete cabeças da serpente se transformam em uma para olhar na Terra aqueles que clamam por justiça e razão. Dez e quatro olhos, olhe com olhar fixo sem piscar sobre os ímpios e os justo. Sete línguas se arremessam e golpeiam, procriando as crianças imortais nas Donzelas das Fadas.
  9. Do Mestre-Espírito e das Mulheres Velhas[6], vêm as grandes linhagens de instrução, que as mentes dos homens sejam feitas nobres e seus espíritos se inflamem com fogo imortal. Da grande herança da Casa do Sátiro brota a revelação, e da revelação vem o conhecimento do mundo invisível, de que a humanidade pode triunfar sobre a morte e nossos espíritos podem suportar a sepultura. Pelas mãos do Hábil e do Sábio, a Terra concede bondade em grande parte e em todas as faces da marcha interminável das estações do ano  uma nova esperança.
  10. Acima de cada vida você designa um de seus ministros imortais, para guardar e orientar, e chamar aquela vida para Dentro do Secreto Caminho, quando o Destino da morte é finalmente ordenado. Bode Cornudo, afiados cascos, olho-serpente, garras do lobo, bonito de face, terrível iniciador, nós não temos nenhuma outra submissão que não seja o nosso compromisso com você. Você tem uma coroa de rosas e um círculo de fogo nos Chifres, e você protege seus fiéis.
  11. Em que você está a única imagem do triunfante Divino que desceu para estar entre os homens, e em você, Todos os pecados dos seres humanos são destruídos pela Grande Sabedoria que reconhece a realidade, e as revelações de conseqüência inevitável. Serpente-Magister, Ophion-Lúcifer, Espírito de fogo unificado na argila, Sua coroa de pedra foi forjada pelos imortais, dotada do mais alto de poderes; pela beleza daquele tesouro que foi dado a humanidade o conhecimento das artes e do bem e do mal.
  12. Em todo tempo e lugar o seu poder é conhecido, Três vezes Cornudo Espírito Criador do Mundo, você segue dentro da humanidade, nas profundezas do inverno dela, quando o portal do solstício abre sob as estrelas do norte, anunciando a hora da noite, a hora do lobo-terror e a estação dos mortos não perdoados que vagueiam. Nos campos brancos de neve e sob o gelo endurecido nos galhos de árvores, você se balança para lá e para cá, um espírito de calor e brilho, a luz da vela dos mortos, pronto para dormir no leito de azevinho e revelar o caminho para a vida eterna.
  13. Nas noites aquecidas do verão dela (humanidade), quando a vida pulsa em grande abundância, você é testemunha de cada fogo da luxuria aceso em cada colina, e seu espírito é um vai e vem nos quadris de cada criatura que vem para o cio. Você está erguido em galhos de carvalho e visco, preparado para falar um feitiço poderoso de fertilidade e de fortuna, que irá salvar o homem e besta.
  14. Mastre Pouck, Ceifeira de Almas, Você dá sua bênção ao espírito do milho, você circula a corte do Rei Coroado de Palha, sabendo a morte e a vida dele, você (por isso) ensina aos mortais a não ter medo das paixões e da morte que é porção Predestinada a eles. Você voa para morte, e sofra a ferida da lança, a explosão de mil setas de pedra e aço, e a intoxicação familiar de ódio e morte, e mesmo assim você está ileso.
  15. Por este poder nós o conhecemos, Azael, espírito eterno da sabedoria. Todos os reinos de poder elemental e e substância que se move são consagrados pelo seu selo e espírito, O, Invisível Mastre: Florestas e terra arável, campo e oceano amargo, sol e lua que preenche o Céu. Você é o senhor da dança do osso, rei de cadáveres, coletor de mortos, o guardião do conhecimento proibido, conhecido apenas pela sombras no submundo. Você sabe o glifo esculpido nas tábuas do Destino, e você arremessa as flechas ao longo da espinha da serpente circundante do mundo.
  16. Bode dourado, Seu trono está no sol oriental, e as três vertentes de teu garfo-adamantino dota o mundo com a brancura da Verdade, sob cujo véu a humanidade é feita como os deuses; o vermelho do sangue, em que os nossos espíritos estão submersos nos leva à purificação final, e ao Negro de Meia-noite, sob cujos véu seus ritos são realizados. Por sua arte magistral, o Olho Que Tudo Vê é revelado. Você é o majestoso das estrelas, o espírito refrescante das águas, o imperador dos que moram nas mansões superiores.
  17. O, Earendil[7], você é o poder de seu Pai, o príncipe das Fadas de Elfhame, ninguém é mais sutil do que você, Rei-Buck[8], Grande Bode-Anjo, Soberano do Ofício[9], servo do Ancião dos Dias, amante da Antiga Destino[10], Senhor dos Elfos, pelo seu conhecimento sobrenatural a humanidade é purificado da ignorância e a porta do Xvarenah[11] abre. O que é pútrido e sujo vira ambrosia[12] no Crânio-Taça que você oferece aos seus Iniciados. Você é o oráculo dos oráculos, presciência é um dos teus muitos nomes. Com enganos você diz a verdade, e você é a verdade-narrada que destrói todas as decepções. Em mil formas você satisfaz aqueles que buscam tuas salas escondidos, e em mil formas você destrói aquilo que eles mais amam.
  18. Sob a estrela da noite e sobre o túmulo dos mortos, você é convocado com sinais e gestos antigos e, com palavras secretas que você colocou sobre as línguas dos filhos e filhas de tua casa Imortal. Nós sacudimos os ossos dos nossos antepassados e invocamos a essência do corpo de diamante em seu âmago[13]. Nós o chamamos como os antigos chamavam você, para ensinar-nos a sua sabedoria, sua sabedoria irrepreensível que salva da fome, da morte e da incerteza. Nós lhe chamamos para nos guiar através das terras dos mortos onde às ilusões são queimadas.
  19. Tome estes presentes Mestre escuro, estes emblemas de seu poder: uma lâmina sem defeito, um cálice de terra vermelha endurecido no fogo, uma máscara de chifres, de aspecto terrível, um martelo que tem batido metal quente, uma caveira e ossos cruzados, uma lâmpada onde a Flama dança, um triângulo em um círculo, e um espelho. Tome estes presentes e expire o teu espírito neles. Nós circularemos com eles e estaremos de pé em tua presença, em preparação para as glórias por vir. Você nos ouvirá; falaremos em seu secreto coração, desfrutando de tua completa atenção. Aqui vamos chamá-lo finalmente e ultimamente com palavras de beleza e poder que não nenhum outro terá. Venite, Venite, Grende Mastre. Saí do Esconderijo. Amém.

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Versão para o português do Brasil com acréscimos de notas de rodapé para melhor compreensão dos textos do Artigo “THE GRAND INVOCATION OF THE HETHITE WITCHFATHER ND LORD OF LIGHT” de Robin Artisson (2006).  Realizada por Azazel Semjaaz Lvnae


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[1] Os hititas foram um povo indo-europeu que, no II milênio a.C., fundou um poderoso império na Anatólia central (atual Turquia), cuja queda data dos séculos XIII-XII a.C.

[2] O Autor usa a palavra “ARCMARDI”, (1) a)ARC [Ahrk] substantivo, verbo “ARCED [ahrkt]” ou Old English “ARCKED [AHR. ING] ou ARCK⋅ing.”. Ainda ARC. em Latim profissional quer dizer: CHEFE, SENHOR, GRANDE; e em Latim Vulgar: ARQUI: tem o mesmo sentido de CHEFE, MESTRE, SENHOR, GRANDE; c)  em Grego o prefixo “ARC’, ou ARCH”, sugere tratar-se de um CHEFE, um PRÍNCIPE, UM PRIMEIRO-MINISTRO; .” Portanto o termo, pode ser aplicado, ao PORTADOR DE LUZ ou FILHO DA LUZ., o Grande Senhor.

[3] O Autor usa a palavra” ORVENDALE” para qual não houve significado, segundo o artigo: THE GOLDEN ESSENCE: CRAFT MYTHOLOGY AND THE DEEP THEOLOGY OF THE HOUSLE” do mesmo, parece tratar-se de um título ou nome próprio e se refere ao PORTADOR OU FILHO DA LUZ.

[4] O Autor usa a apalavra “ELKUNARSA”, cuja grafia correta seria “ELKUNIRSA” nome do Deus Criador da mitologia Hitita e marido da Deusa Aserdus.

[5] O Autor usa a palavra: ARTAVUS-SCEPTRE, sendo a palavra: ARTAVUS encontrada no manuscrito (Grimório) chamado a CHAVE DE SALOMÃO aplicada à ATHAME, ATHÊAME, ou THAMÉ que é o punhal cerimonial, de dois gumes usado em várias tradições de Feitiçaria.  SCEPTRE é palavra inglesa para CETRO (do Rei ou Autoridade); símbolo da realeza; poderes reais ou imperiais.

[6] O autor  usa o termo “GREY WOMEN”, QUER DIZER: GREY  [greɪ]n. cinza  (grey - inglês britânico, gray - inglês americano) v. tornar Cinzento (mais comum na Inglaterra); encanecer (cabelo ou barba) (mais comum na Inglaterra); adj. cinzento, acinzentado; pardo; grisalho (grey é mais comum na Inglaterra, e gray nos E.U.A). Grey ainda pode ser traduzido no contexto do texto como “GRISALHO OU CINZA- PRATEADO”, como referência a cabelos prateados ou cinzas, no sentido de maturidade, experiência, e sabedoria da velhice ou como se diz em bom e velho português: Respeito aos cabelos brancos”. )Acredito que se refira as mulheres sábias ou Velhas Sábias (como Arquétipo da Bruxa).

[7] Literalmente um Título  que significa “AMANTE DO MAR”,  na literatura ficcional, O Líder dos Elfos do épico Senhor dos Anéis de J.J. Torken.

[8] Buck ou Bucca  Dhu,  é o Deus Negro das Tempestes, do mar e da fertilidade  que é encontrado na maior parte do folclore Cornish. Buck ou Buca  e também um velho e sinônimo para o dia diabo, outros nomes para ele são  Puck, Mestre Puck, Púca, Pwca, buckas, Bel-Bucca,

[9] Craft:  Ofício da Bruxaria, a Arte.

[10] Old Fate, um dos nomes da Deusa do Destino.

[11] Literalmente Gloria ou Esplendor ou Luz Gloriosa, Esctasy Glorioso, aplicado. ao poder e a luz contida no principio gerador dos fluídos humanos. Ainda “luz incandescente que flui para o corpo e o santifica”, Também em Zoroastrismo é fluido sagrado, seminal, luminoso e incandescente que dá nascimento (concepção miraculosa) aos avatares. Em Bruxaria a marca visível dos seres divinos.

[12] Ambrosia, o manjar dos deuses do Olimpo, era um doce com divinal sabor, segundo a mitologia grega. Era tão poderoso que se um mortal a quem era vedado, a comesse, ganharia a imortalidade. Conta a história que, quando os deuses o ofereciam a algum humano, este, ao experimentá-lo, sentia uma sensação de extrema felicidade. O nome Ambrósio, que vem da mesma raiz, significa divino e imortal.

[13] Medula óssea, tutano, âmago, essência, polpa.