segunda-feira, 25 de julho de 2011

AVATAR

Sangrei a terra com meu sangue..
Alimentei o solo com minha essência vital
Minhas múmias, veículos de poder..
Sufocado, o grito Qayinnita..
Agora Ressurreto da Tumba, Ferreiro e Agricultor..
Pedra erguida, que gira a roda..
Martela que golpeia a bigorna..
Justiça de Deus sou Eu..
Matei-me para renascer do poço profundo de Qayinn...
Da névoa da Noite sobre o Campo Santo,
Ladeado, por Lilith, Mãe de Todas as Bruxas
Meu anjo fêmea, meu ideal mais elevado...
Cujo Avatar, feminino, clássico..Hécate
Trívia, Triodite, Triforme,
Como três são os caminhos sabbáticos..
Deusa da Magia, que suga o vapor do sangue
Daqueles que um dia trilharam o caminho de Elphame..
Rumo a gnosi e a luz que caiu altruisticamente
Para provar o saber da Luxuria das Trevas...
Caminho Tortuoso da Mão esquerda
Feitiços lançados sobre...(...)
Eu quebro a pata de feiticeiros sem linhagem
Sem Ancestralidade...
Sou tua liberdade..(...)
Cativo..
Menino..
Preso...
Ergue-te novamente da luz..
Não vês que comes com os porcos
Que te expõe e me expõe ao vitupério..
Mas teu preço é teu
O meu eu pago.
O teu tu deves.
Eu sou um Qayinnita
Avatar de Azazel..
Sou Oz- e produzo AZ..
E Tu quem é.?
Presa cega que não enxerga
O feitiço da amarração...
Coisa da separação..
Levantaram a mão contra teu sangue e tu?
O que fazes..?
Nada..
Escravo submisso a vontade
Dos Filhos do Cristo...
Onde está tua marca Qayinnita (?)..
Teu sangue e tua vida..Criança Vampira..(?)
Nada posso fazer..
A menos que peça..
E aí, levantarei a mão..
Com pemba, mandinga e maldição..
Contra teu senhores do mundo..
Eu sou livre..
Tu é um cativo.

Um comentário:

Mia Lopes disse...

A cada dia que passa mas me surpreendo com sua capacidade com as palavras, tua intimidade com as letras, seu jeito melindroso e meticuloso com a poesia.
é possível senti o que te passa ao ler entre linhas.
Parabéns, belíssimo poema.