domingo, 4 de abril de 2021

A PÁSCOA SOBRE A PESPECTIVA DO AMOR

 

“Só podemos amar alguém se primeiro nos amarmos! Só podemos nos unir a uma pessoa, se antes dominarmos nossos demônios interiores.... De que adianta um faz de contas, se no final estaremos nos auto-enganando! Só podemos dá aquilo que temos.... Nunca peça o que não pode suportar, não prometa aquilo que não pode cumprir! A honra deve ser preservada  a qualquer preço.... Sob o selo do juramento: “ Semel Lvnae Semper Lvnae, Vere Lvnae Sangvis Mevs.".... Não ha outra ponte que leva auto-deificação se não aquela que está no interior de cada ser humano!”

 

Em alusão a páscoa da cristandade, onde eles comemoram o “mito” do renascer ou ressurreição de Jesus, o Cristo, é seguro dizer que o cristão deveria acomodar em sim os mesmo, a ressurreição em suas ações,  a fim de buscar o conforto e bem estar para o outro, como manda o primeiro e o segundo mandamento da nova aliança (Mt: 22;37-39): 'Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento é Ame o seu próximo como a si mesmo. Isso seria de fato, o motor impulsionador para o cristãos, irem ao encontro do noivo ressurreto, para celebrar as bodas de integração e elevação aos mistérios divinais sob auspícios de amor e fraternidade.


Talvez, esta data oriunda do amalgama da páscoa judia instituída por Moises[1] e de festivais antigos indo europeus, metamorfoseados e adaptados à liturgia cristã atual, deveria ser vista como uma seta que direciona para que cada homem e mulher encontre seu Cristo interior, o seu Salvador e pratique os atos instituídos na Nova Aliança. E com isso se faça um banquete de fraternidade e amor ao próximo, prestando homenagens ao ressuscitado, não somente em liturgia, orações ou no comer peixe e tomar vinho, mas em ações concretas que alivie a cruz do outro. Se assim o fosse, tais fatos, forjariam e traria a existência as  promessas de esperança , renovação e resiliência para os dias que virão.


Mas ao invés de diariamente lembrar-se de enamorar com este tão amado noivo redivivo – símbolo de união, amor e fraternidade para eles – deixando que esse amor aflore e esquente sob a forja da alquimia do amor nupcial alquímico, o que vemos é o coelho e seus ovos de chocolates serem mais importantes do que o alimentar a quem tem fome ou evitar contaminar-se ou contaminar alguém com a vírus letal – onde foi parar o amor ao próximo? - , ou seja, a nova aliança pascoal perdeu, fora do ato litúrgico, o valor essencial de ressuscitar os atos de amor e união nupcial alquímico que revela o Cristo Cósmico nos atos fraternais.  


E assim, penso eu hoje, que entre máscaras e tradições, transcendendo ícones e formas, mitos e histórias, deveríamos – neste único ponto de convergência externa –  rememorar a cultivar o sagrado prático em nós mesmos, no intento de livrar-nos  de angústias, do não se sentir amado pelo outro – ao  não ama a si mesmo – e  da falta de companheirismo e de outros sintomas, que este tão amado noivo retornado nos sinaliza a reparar.

Isso deveria ser um culto diário, e este culto diário -  um namoro cotidiano - uma celebração de amor a si e ao próximo. Há, se fosse praticada, esse entrelaço de amor - a si e ao outro - ajudaria a cuidar desta união e fraternidade que faria bem a humanidade, pois " todos os cristãos seriam como apenas um só corpo e cristo a cabeça".

 

Lvkian Saklas Lvnae

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Texto de autoria de Lvkian Saklas Lvnae, e a meu ver inspirado pela chama lucífera que arde no sangue Lvnae.  No texto ele  diz mentiras símeis aos fatos, “e dizer mentiras símeis aos fatos é furtá-los à luz, encobri-los. As mentiras são símeis aos fatos enquanto só os tornam manifestos como manifestação do que os encobre " ele, revela assim, similitude que se oculta na verdade e na mentira no estreito caminho entre o cinismo e a ingenuidade...



[1] O nome que a Bíblia Hebraica usa para denominar "páscoa" é pesah. Com a palavra pesah o texto bíblico quer significar duas coisas: o ritual ou celebração da primeira festa do antigo calendário bíblico (Ex 12.11,27,43,48); a vítima do sacrifício, isto é, o cordeiro pascal (Ex 12.21; Dt 16.2,5-6).

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5 comentários:

Andarilho do vento leste disse...

Ótimo texto irmão. Ao meu ver, o problema dessa "relação" é que a figura do Cristo foi objetificada num produto da fé, exterior assim, ao cristão que não consegue buscar em si mesmo.

Phibivs Samech Lvnae disse...

Salve meu Irmão Lvkian! Ótimos questionamentos, se todos nós nos dispuséssemos a olhar mais para dentro a fim de encontrar as respostas todos os símbolos externos deixariam de ter serventia. Belo texto e perspectiva!

Danilo disse...

Sim irmão, de acordo! Quando a Bíblia relata em um de seus livros " Vós sóis Deus" ou " Reino de Deus está dentro vois" ... Acredito que deveria ser seguido pelos cristaos como uma verdade inquestionável e posta em prática,
e ascender ou despertar esse Messias que tanto os buscam fora!

Danilo disse...

sim irmão, com certeza! Acho viver da própria identidade espiritual, fazer esse mergulho para dentro de se é validar ou em verdade dizer o que Jesus dizia aos seus que : "o reio dos céus esta dentro de vós"

Nascimento2021 disse...

Execente texto voce ensina nos ser uma pessoa melhor com uma bela visão Parabéns 👋