quarta-feira, 29 de junho de 2011

TEU SONHO... MEU SONHO

Morte que segue Lenta... agüenta...
Teu sangue te chama, tua alma ferve...
Em silêncio, suportas...
Tua figura simples, calada, singela..sumiu..
Engolida, transformada,
Fazendo novas todas as coisas...
No antigo menino, quieto submisso fiel...
Tirado de ti foi... aquilo que necessitas... Tanto...
Teu sonho... Meu sonho... Agora... Nosso pranto...

Silêncio, ponte estreita e longa que nos separa é
A distância de alguns bytes... Saudades...
Mordo a língua e travo os dentes...
Decadente, a honra já não fala mais em teus atos.
Tirada de ti na calada da noite foi.
Ontem, respeito, amor, coragem, lealdade...
Hoje, resta apenas martelo...

Traçado e forjado na paciência pelo calor da dor de perder...
Teu sonho... Meu sonho... Agora... Nosso pranto...

Destino te exigiu o preço de sublimar...
O diabo te bate dia e noite... Suportas...
Eu de meu lado Imagino a angústia que te consome...
A dor e a decepção de ser visto por todos
Como traidor de teus próprios princípios... Dúvido...
Que alguém saiba o que teu silêncio e distância prenuncia...
Não ria sarcasticamente dos que não entende que não é o fim do
Teu sonho... Meu sonho... Agora... Nosso pranto...

De cá observo tudo absorto como alguém a beira do abismo...
A serpente que habita em ti senti...
O teu demônio sutilmente mostra a face... Estridente... Sorridente...
Sorrateiramente... Malévolo... Dando
Um riso marcado de vIngança... Quando na balança e na
Chantagem barata saída dentro das pernas dela...
Espelho e reflexo das outras.. Pernas... Que entras e saia...
Te mandaram escolher... Entre
Teu sonho... Meu sonho... Agora... Nosso pranto...

Do precipício... caindo vejo-te tal qual
Lumiel... Em teu corpo de carne... De cá vejo-te devorando vingativamente
Os corpos belos das filhas dos homens... Traído-a...
Com a gota de veneno de tuas presas escorrendo Escondida pelo canto de tua boca...
Se tornando exatamente o que eu esperava que fosse...
Aquilo que te crie pra ser...
Quando de minhas entranhas te gerei eu...
Tal Zeus à Dioniso... de minhas coxas te fiz brotar...
Serpente e víbora... Como foi o sonho dela que prenunciava covardia...
Eu sibilinarmente sabia...
Enquanto caças a noite e dia...
Mostra com todo altruísmo a força do destino...
Conseqüência... Para quem te fez escolhe... Entre
Teu sonho... Meu Sonho... Agora... Nosso pranto...

3 comentários:

Mia Lopes disse...

Revisei o mito da queda ao ler seu poema, conseguir ver coisas que com meus olhos carregados de concepções mundanas não consegui enxergar.
Será? Se sim...que capcioso, malicioso, maquiavélico...
Recolho-me a minha pseudo-humildade de desacreditada revoltada e admito que es um proscrito.

Teu sonho..meu sonho..agora..nosso pranto...
Mais uma vez Lvpercvs, belíssimo texto!

Anônimo disse...

Agradecimentos: demais, por tempo demais, aos Poderosos Deuses Luciferianos! Sempre! Hail (Ave, Viva, Salve)! Sempre! Por tudo de bom, a mim! Sempre! E, por tudo contra (e não a favor), e muitíssimo mais, Sempre contra (e Nunca a favor), aos meus inimigos! Assim Seja! Tomara!!!

ANTINOMIAS DE AZAZEL disse...

caro Anônimo, não tão Anônimo assim, haja vista conhecer seu estilo já há tempos.. Agradeço por comentar... Só um ressalva em seu comento que não sei a quem se referia ao citar inimigos contra e não a favor: "não encontrei ainda qualquer ser humano que seja digno de ser chamado de inimigo, encontrei muitas dignos de serem chamados covardes e sem honra e dignos de pena".. No mais Gratidão...