Saudações querido amigo e irmão B.R.C, agradeço ter-me escrito, nos
conhecemos já há anos e muito já tratamos sobre estes temas, confesso que não
queria mais usar este blogger para falar de Bruxaria e paganismo, mais as
insinuações suscitadas por tal pessoa membro de tal conselho, me fez vim a
público, a fim de como diz você dirimir dúvidas, haja vista ter este senhor
feito as mesmas insinuações à outros conhecidos nossos, assim passarei a
responder por partes seus questionamentos, e peço desculpas antecipadas, por
fazê-lo, numa linguagem bem simples e acessível a todos...
B.R.C: Olá Jair, queria saber continua professando o paganismo e a bruxaria?
J.R: Bem, antes de qualquer coisa, que fique claro que fui pagão por anos e
anos, e você acompanhou parte de minha trajetória, incluindo, minha lenta e
gradual mudança mental e espiritual, sabe dos perrengues que passei e esteve
presente como amigo, nos meus momentos de transição e busca, portanto, hoje em
dia não sou pagão e nem me denomino Bruxo, e sim Juremeiro, e acredite, tenho
muito orgulho disso....Hoje, irmão, como é de conhecimento público, minha
religião, crença, religiosidade e espiritualidade é a Jurema Sagrada Catimbó,
minha rama é a do primeiro reinado, Rama de Caboclo, e sou a primeira semente
do Caboclo Pajé Rio Verde na Bahia, afilhado do Mestre Juremeiro Neto.
B.R.C: Alguns daqui da Salvador diz que você pratica
paganismo distorcido e mistura cristão, o que você me diz?
J.R: Não pratico paganismo, nem oficial, nem popular e
nem distorcido, acredito que se você, buscar fontes sérias, sobre o que eram, e, quais era as formas e práticas do paganismo ser expressado e professado, tanto
oficialmente, como, popularmente, na época em que existiu, vai se decepcionar e
muito com o que vê hoje sendo feito por meus críticos como sendo paganismo.
B.R.C: Como você define paganismo e qual é o papel da Bruxa nele?
J.R.: Para mim denominava-se paganismo, as religiões estatais e oficias da
antiguidade dos povos pré-cristãos. Portanto, refere-se a religiões mortas...Num entanto, na maioria dos casos, como pode ser visto em qualquer livro
de história do ensino médio, naquela época os chefes, reis e imperadores, das
tribos, reinos, impérios ou nações eram tidos por divinos, ou como
reencarnações dos deuses principais ou ainda filhos destas divindades....Neste período (como hoje) o divino era representado e só podia se comunicar por
meio dos representantes da fé dominante, em geral Sacerdotes e
Sacerdotisas, ou seja, pelo clero organizado, onde o
governante muitas vezes, era o Pontifex
maximus[1], portanto, qualquer um, fora do
circulo oficial de representantes do divino, que ousasse este contato com o
sagrado (com resultados), era tido por anátema, maldito, ou como denominaria
mais tarde a cristandade, de herético...As Bruxas ou feiticeiras praticava de forma independente o contato com o
sagrado e se intercomunicavam com o além e com as almas dos que partiram, porém
havia um problema, pois estas práticas eram reservadas, como dissemos aos escolhidos
da religião Oficial e a Bruxa os realizavam sem a autorização, sem a sagração,
e, sem a intervenção deste mesmo escolhidos, que conforme a tradição de cada
povo, eram os únicos autorizados a conceder o acesso ao sagrado, por isso acabavam cometendo, aos olhos dos que detinha obrigação sagrada, sacrilégio e deveria
ser severamente punidas....O ato de acesso ao divino e ao além sem a permissão oficial, era um
atentado contra a fé e contra o governo estabelecido, isso era assim, por que
esse último era, com as bênçãos do clero, o sagrado representante legitimo do
divino, costume que se perpetuo, com respaldo Bíblico[2], até os
dias atuais com as coroações reais[3]... E digo mais, afirmar cegamente que Paganismo é sinônimo de Bruxaria é realmente
desconhecer a história da Bruxaria, que sempre foi malquista dentro das
religiões oficias pagãs antigas.
B.R.C: Qual a diferença entre Religião e Religiosidade popular que você sempre
cita em nossas conversas e o papel da Bruxa nelas?
J.R: Essa diferença consiste em que “A Religião (é uma) ... instituição, criada por homens, (que)
serve para cultuar entidades divinizadas” [4]... é um processo relacional desenvolvido entre
o Homem e os poderes por ele considerados sobre humanos, no qual se estabelece
uma dependência ou uma relação de dependência...Essa relação se expressa através
de emoções como confiança e medo, através de conceitos como moral e ética, e
finalmente através de ações (cultos ou atividades pré estabelecidas, ritos ou
reuniões solenes e festividades). A Religião é a expressão de que a consciência
humana registra a sua relação com o inefável, demonstrando a sua convicção nos
poderes que lhes são transcendentes. Esta transcendência é tão forte, que povoa
a cultura humana.....“A religiosidade popular afirma-se em contraposição à (religião) oficial,
sendo entendida por muitos como uma forma híbrida, isto é, formas inadequadas
de entender e praticar a religião oficial....As festas populares, manifestações
coletivas, as crenças e ritos de devoção particular são as grandes marcas da
religiosidade popular no nosso país. Nas festividades populares, com ou sem
relação com o ritual oficial e, muitas vezes, com origem em cultos
naturalísticos, é possível encontrar manifestações particulares, por vezes, com
caráter mágico[5]”...A religiosidade é a percepção da espiritualidade
intrínseca ao ser humano. Quando ele toma consciência de si, não como um ser
apartado de tudo, independente, mas inserto num concerto cósmico em tudo e a
todos conectado... A religiosidade é condição inata, atributo que nasce com o
homem, natureza construtiva que o impele para viver em paz, social e
individualmente[6];...Sabemos que pessoa de todas as classes, em todos os tempos e locais,
além de praticarem a religião oficial, também valiam-se da religiosidade
popular, para obtenção do resultado esperado dentro do limite permissivo da
religião e moral vigente, isso pode ser atestado, dentro da fé católica, nos dizeres do Papa Paulo VI:
“religiosidade popular... traduz em si uma certa sede de Deus, que somente os
pobres e os simples podem experimentar; ela torna as pessoas capazes para terem
rasgos de generosidade e predispõe-nas para o sacrifício até ao heroísmo,
quando se trata de manifestar a fé; ela comporta um apurado sentido dos
atributos profundos de Deus: a paternidade, a providência, a presença amorosa e
constante, etc. Ela, depois, suscita atitudes interiores que raramente se
observam alhures no mesmo grau: paciência, sentido da cruz na vida cotidiana,
desapego, aceitação dos outros, dedicação, devoção, etc. Em virtude destes
aspectos, nós chamamos-lhe de bom grado "piedade popular", no sentido
religião do povo, em vez de religiosidade[7]...Como pode ser percebido a diferença perpetua-se até os dias de hoje,
ambas dando acesso ao sagrado dentro do limite de suas ações e atuações, ou em
linguagem interpretativa, aos poderes cujo sagrado (ícone) representa (amor,
ódio, guerra, colheita, cura, sorte,
etc...)....A Bruxa também sabia usar ambas em seu favor, porém, enquanto a
religiosidade popular (usado pelo comum) fazia uso do semelhante da fé dominante,
a Bruxa se utilizava da similitude tão comum as Musas de Homero: "sabemos
muitas mentiras dizer símeis aos fatos " e sabemos, se queremos, dar a
ouvir revelações[8]",
a necessidade da similitude era questão de sobrevivência, pois aquilo praticado
e usado pela pelas Bruxas, como (i.e) o “Comgressus
cum Dæmone” e “Osculum Infame” estavam muito além
do permissivo pela moral estabelecida.
Não era meros rogos e orações, eram e são, um acesso direto ao sagrado e
ao além, a comunhão direta com os que já atravessaram o limite entre a vida e a
morte.
B.R.C: Porque os santos e não os deuses?
J.R: Para que
você entenda, Santos e Deuses, farei um paralelo das funções, é claro que de
forma simples e numa visão popular:...Afrodite, Deusa Grega do amor e do sexo, tinha função no entendimento da
religiosidade popular da antiguidade clássica de unir os casais pelos laços do
erotismo e do casamento, e para que o amor surgisse, ela era sempre ajudada por
seu filho Eros ou cupido (o puro amor), representado na maioria da iconografia
como uma criança alada, armada de arco e flecha...Veja bem, o povo seguia a forma oficial do culto publicamente,
realizando os preceitos e festas dedicadas á deusa e seu filho, porém, sabemos
que de forma privada, se utilizavam de fórmulas (orações) e buscavam o auxilio
da Bruxa ou feiticeira que se utilizavam das suas Artes e Oficio para persuadir
a deusa a realizar os seus desejos eróticos e amorosos. O exemplo mais famoso
dentro da mitologia clássica é a da “Guirlanda ou tiara de Afrodite” que a
deusa Hera, toma emprestada para seduzir Zeus-Pai[9]....Com a morte da religião e conseqüentemente da religiosidade popular
pagã, os deuses morreram, sim, morreram e o sangue divino retornou ao oceano de
ichor[10], à
fonte primal original, Destino, ou seja, seus cultos e formas iconográficas
oficiais deixaram de ser usados, livres das amarras do ícone, da religião e da
religiosidade mortas, moldaram-se, ou regeneraram-se, em formas mais acessíveis
e reconhecíveis pela nova mentalidade religiosa e de religiosidade popular que
ia surgindo....E se de fato, como Bruxos, heréticos para religião e moral oficiais,
queremos lidar com esses poderes antigos, temos que saber reinterpretá-los à
luz da nossa própria espiritualidade, concebendo os deuses como poderes
(Mágicos) que transcende e que continua em todos os tempos[11], sem a
obrigação de usarmos a mesma forma iconográfica da religião e religiosidade
popular mortas, pois esses poderes mudaram sua expressão e forma visível, quando seu culto oficial e popular foram
destruídos, tornado-se deuses mortos, da religião morta de homens
mortos, e, ressurgindo na nascente
idiossincrasia e adaptando-se a realidade, tal qual água que molda-se a
forma que vai encontrando no seu curso, esses poderes assumem a forma que lhes
são convenientes e continuam seu fluxo e refluxo eterno, numa dança de
regeneração de si – mesmos... Assim, as funções de casamento antes de Afrodite na cultura da
religiosidade popular da antiga Grécia, regenera-se e oficialmente (i.e) se
molda ao ícone de Santo Antônio (que carrega o menino Jesus, símbolo do amor
puro e divino), e as amarrações mágicas (i.e) com o uso de materiais e objetos
semelhantes, passou ao domínio das Pomba Giras nos cultos de matizes africanas
e nos de matizes indígenas, como o Catimbó Jurema, esses funções são das
Mestras...Para maiores esclarecimentos leia os ensaios aqui do blogger (e os
comentários deles) em:
1. http://azazelsemjaza.blogspot.com.br/2011/03/respondendo-duvidas-um-pouco-de_05.html
2. http://azazelsemjaza.blogspot.com.br/2011/02/surfando-no-mar-do-agregado-de-bruxaria.html
3. http://azazelsemjaza.blogspot.com.br/2011/01/antinomia-e-iconoclastia-na-visao-da.html
4. http://azazelsemjaza.blogspot.com.br/2011/01/antinomia-e-iconoclastia-na-visao-da.html
5. http://azazelsemjaza.blogspot.com.br/2011/02/antinomia-e-iconoclastia-na-visao-da_17.html
2. http://azazelsemjaza.blogspot.com.br/2011/02/surfando-no-mar-do-agregado-de-bruxaria.html
3. http://azazelsemjaza.blogspot.com.br/2011/01/antinomia-e-iconoclastia-na-visao-da.html
4. http://azazelsemjaza.blogspot.com.br/2011/01/antinomia-e-iconoclastia-na-visao-da.html
5. http://azazelsemjaza.blogspot.com.br/2011/02/antinomia-e-iconoclastia-na-visao-da_17.html
B.R.C: Escrevi a certa pessoa de um tal Conselho de Bruxaria falando de você, e
ela duvidou de sua iniciação, porém, cabe salientar que conforme e-mail que
esta pessoa me enviou, disse ser iniciado pela avó e me pediu para que você me
mandasse suas credenciais iniciática (que eu devia reenviar a ela) para que ele
confirmasse se você era ou não Bruxo da Tradição Ibérico?
J.R: Eu não entendo porque tal pessoa se preocupa tanto comigo, não sei que
tipo de ameaça represento para ela ou suas ovelhas. Não sou pagão e neo-pagão
mais há muito tempo, não entro em debates sobre este assuntos... Para você irmão já cantei minhas linhagens e em nenhuma delas existe
avós celtas, stregas ou nórdicas...Você acha que realmente eu devia provar para tal pessoa minhas
iniciações e elevações de grau? Afinal, quem é tal pessoa? Ou quem são suas
ovelhas?... O motivo para não me sentir forçado a dar satisfação a qualquer um é
que hoje sou Juremeiro e minha religião tem seu inicio aqui no Brasil
(1532/1536) e por conta dela, os encantados da jurema são de fatos meus reais ancestrais
junto com meus parentes mortos e vivos...Quanto à iniciação por avós mortos, acredito que tal pessoa não percebeu
que a moda de iniciação por avós mortas que não podem se defender do ultraje
de serem denominadas bruxas já caiu em desuso há alguns anos, e nem mesmo
pinkwiccas seriam tão levianos com sues parentes mortos.. Das minhas avós eu
sempre afirmei: ..ENQUANTO AS SUPOSTAS AVÓS CELTAS ESTAVAM INICIANDO SEUS
SUPOSTOS NETOS EM BRUXARIA CELTA, AS MINHAS ESTAVAM REZANDO UM TERÇO OU
COLOCANDO DESPACHOS E EBÓS NAS ENCRUZILHADAS DA BAHIA...Seria bom que antes de TAL
pessoa ou qualquer de suas ovelhas se preocuparem com minha vida espiritual,
pudesse se dá o luxo de estudar a mentalidade, religiosidade e costumes da
nação onde mora e a formação do povo brasileiro, tanto ele, como seus
seguidores ia deixar de caluniar seus próprios ancestrais com termos que para
eles (os mortos) eram negativos, pejorativos e inaceitáveis... Por isso a bem
da verdade deixarei ele e quantos mais desejarem morrerem da curiosidade sobre
minhas iniciações na Bruxaria, que eles vivam na ilusão de que são “Celtas Legítimos”,
pois duvido que tal pessoa possa de fato cantar sua linhagem e comprová-la,
pois você mesmo percebeu que o sistema usado por ele e seus seguidores e o
mesmo que a Wicca Eclética usa, mudando somente o nome das divindades...Quanto as credencias iniciáticas que ele lhes pede sobre mim, diga-lhes que quando a avó “celta
monomastequitomizada” dele retornar numa mesa necromântica séria (pois duvido
que ele saiba evocar espíritos) e com certeza ele não sabe chamá-la a respondê-lo (pois
a velha deve está retada por ser chamada de bruxa), e mostrar-me as credencias
dela, no mesmo instantes serão enviadas as minhas.. Mas se ele, como presumo
não souber evocar espíritos, e fazê-la subir e revelar se era ou não bruxa celta e legítima
dragonesa pagã, então que viva feliz na ilusão... Irmão, tal pessoa, não é e nunca foi ninguém de expressão,
então não perderei meu tempo com ele, pois é bem capaz de nem saber onde fica o
túmulo da avó que calunia descaradamente... Não perderei meu tempo precioso com isso...Quanto a Tradição Ibérica, que virou moda da
vez, desbancando as avós celtas, você achará resposta satisfatória aqui:
Irmão como convencer quem renega sua própria espiritualidade e
religiosidade popular ancestral, em detrimento do estrangeiro enlatado
importado 99% das vezes das terras do Tio Sam, e completamente fora de real
contexto histórico? Para você digo, “Não deixe falsas divisões dificultar a sua
capacidade de ver a verdade, por detrás do véu dos mistérios”.
[2] Toda a alma esteja
sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de
Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à
potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos
a condenação...Porque os magistrados não são terror para as
boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o
bem, e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se
fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus,
e vingador para castigar o que faz o mal. Portanto é necessário que lhe
estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. Romanos 13:1-5.
[3] Um exemplo foi a coroação da
Rainha Elizabeth II em 2 de junho de 1953 realizada pelo Arcebispo
de Cantuária, o clérigo mais graduado da Igreja da Inglaterra
[4]Qual a diferença entre
“religião” e “religiosidade”? Yahoo Respostas http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20100402070014AAAanX5
[5]Artigo de Octávio Carmo,
Agência Ecclesia, encontrado em http://www.srcoronado.com/smf/index.php?topic=7381.0
[6]Qual a diferença entre
“religião” e “religiosidade”? Yahoo Respostas http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20100402070014AAAanX5
[7]Trecho da Exortação Apostólica EVANGELII NUNTIANDI do Papa Paulo VI
(8 de dezembro de 1975).
[8]Dizer mentiras símeis aos fatos é furtá-los à luz da Presença,
encobri-los. As mentiras são símeis aos
fatos enquanto só os tornam manifestos como manifestação do que os encobre. As
mentiras são símeis (= homoia) aos fatos enquanto se dissimula a unidade que,
por estar na raiz da similitude, une simultaneamente em um só lugar o símil e o
ser-mesmo. Símil (lat. similis) e o grego
homoia têm a mesma raiz
etimológica, que indica como idéia fundamental da similitude a unidade. Por
meio também desta raiz podemos apreender e pensar a similitude que une as
mentiras e os fatos, unidade-similitude em que a mentira e o ser-mesmo se dão
como símeis. Ao dar-se como símil, o
ser-mesmo se dissimula pela simulação desta similitude que, na força do
assemelhar e do simular, apresenta-o como simulacro (a mentira símil). O Símil
mesmo é já Outro ao dar-se como símil, pois aí o ser-mesmo se oculta sob a
similitude que o une ao Outro. Assim, na unidade desta similitude, estão unidos
as mentiras e os fatos, pois os fatos, enquanto símeis, ocultam-se eles mesmos
sob a similitude com outra coisa, — subtraindo-se enquanto ipseidade. (Hesíodo
– TEOGONIA: A ORIGEM DOS DEUSES, Estudo
e tradução Jaa Torrano 3ª Edição).
[9] Ver Bruxaria e Magia na Antiga Europa – Grécia Antiga e
Roma, Editora Madras, pag. 51.
[10] By Arte enchant and fascinate the Portals to
open, revealing those whom the Stars
veil. Sing out their Passion in the War and Feast that is Thy Self! Taste ye of
the sweet and secret wines of Heaven - the Ocean of Ichor spilt from the broken
idols of Gods and Demi-gods. Carouse ye with my Satyrs and embrace the Succubi
raised from Thine own Desires; swoon ye in rapture, in the nimbus of fever
billowing over the lily-field of the Night. Yet be not overcome! Fall not! Tire
not of Pleasure, but seek ye the Ever-virgin Joys that hide beneath Medusine
Veils.
[12] THE GOLDEN ESSENCE: Craft Mythology and the Deep
Theology of the Housle - By Robin Artisson (2004).
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