domingo, 16 de novembro de 2014

RESPONDENDO A COMENTÁRIO..

16 de Novembro de 2014...
Meu domingo transcorria como de costumo, geralmente é o dia que uso para descansar, deixo as atividades espirituais ou as diversões para o sábado, por volta das 16h00min, resolvi interferir no Blog e postar um texto novo, em geral um poema. Porém, uma mensagem na caixa de moderação,  me surpreendeu – Quem teve coragem de usar a carapuça? -, mas também me frustrou, pois quem deixou o comentário, preferiu o segredo do anonimato - a covardia é do caráter.
O Comentário a principio demonstra o tipo de conhecimento e grau de inteligência de seu autor, eivado de erros ortográficos e pontuação, recheado com total desconhecimento sobre Bruxaria e Paganismo Moderno. Mas apesar de tudo, alguns pontos me são de ótima valia, pois me dá a oportunidade de dirimir dúvidas gerais a cerca de minhas práticas espirituais e de Bruxaria. Não vou reproduzir no velho Ctrl+C e Ctrl+ V as partes de seu comentário, porque ninguém merece ser exposto a tantas asneiras.

LUCIFERIANISMO E CAMINHO DE CAIM.
O primeiro ponto é uma critica a minha escolha pela autodenominação de Luciferiano e em seguida pela predileção em seguir um modo de espiritualidade pela ótica do Caminho Caim.
Para começar, aconselho um estudo mais acurado sobre o Luciferianismo - não vou lhe indicar livros e textos e com isto lhe tirar o prazer da pesquisa – em segundo lugar, Lúcifer e Satã, são duas coisas distintas –  não vou lhe ensinar aqui sobre questões de práticas com o “ Opositor “. Neste caso, como no de Caim, não vou saciar sua curiosidade, posso lhe afirmar que tudo tem haver com estados mentais – metamorfoses, transmutações, estados de ser  - afinal, você poderia nos fazer um favor e buscar nos textos e comentários aqui mesmo do Blog e aprenderá um pouco além do ensinado. Há, desculpa, sempre esqueço que seus sacerdotes e sacerdotisas lhe proíbe de ler – como a igreja medieval que tanto criticam- algo  que não seja legitimado por eles, afinal pode ser que o cabresto que colocaram  em você, seja rompido e você se torne um Andarilho Solitário em Busca da Iluminação, ou seja, Cainnita e Luciferiano...

SER OU NÃO BRUXO
A segunda é sobre eu ser ou não Bruxo – que diabos você é se defina – bem, estou longe, muito longe de sua visão de Bruxaria. Para você ser bruxo é adorar a Grande Deusa Mãe, se realmente fosse levar isso a sério, nosso dialogo terminaria aqui. Até mesmo burrice tem limites. Já me basta, um pseudo-grande sacerdote largar a carga d’água de que a Bruxaria (tradicional) e ao agregado da cultura Européia, desconsiderando sua própria terra, seus parentes e as demais práticas de Ofícios, ainda vem você me afirmar com letras grandes e caixa alta de que – BRUXARIA É O CULTO DA GRANDE MÃE... Ora, um culto que apenas celebram Lunações  e oitos Festivais no ano (erroneamente chamados de Sabás), não é a ÚNICA e VERDADEIRA Bruxaria Tradicional, isso pra mim, chama-se (tentativa) de reconstrucionimos Pagão ou Neo-Paganismo – há muitos Bruxos pagãos sérios e verdadeiros, mas eles não são os únicos e verdadeiros, não são dementes ao ponto de afirmarem isto de si mesmos.  
O que você faz meu caro anônimo, tem em comum com os que conheci há mais de 15 anos atrás - que antes se chamavam pagãos, depois Wiccanos, para em seguida se denominarem de Tradicionais, e alguns até de únicos Ibéricos – e que são todos iniciados por suas avós celtas monomastequitomizadas, é distorcer a Wicca que Gardner nos deu, que ele herdou e reestruturou a partir dos descendentes de “Old George Pickingill (1816 -1909)” -  Cunning Man, Feiticeira, Bruxo e o Mago.
É bem, possível, que você não saiba quem foi “Old George”, muitos menos que foi Andrew Chumbley, ou quem é Daniel A. Schulke, provavelmente, acredite, que o que você chama de Bruxaria e diz seguir é um culto milenar, e ininterrupto, que sobreviveu, Graças as Bruxas boazinhas que apesar de serem perseguidas pela Igreja Patriarcal, nada fazia para se defender, apenas continuavam dançando e pulando pelos Bosques.
Acredite!!!! parte da culpa não é só sua, é também de seus pseudo-iniciadores que - sem um “Corpus Practice”, herdado pelo sangue ou adquirido por linhagem de adoção – apenas repetem nos seus ouvidos o conto de fadas dos que querem vender livros e workshops, ou seja, mentiras símeis aos fatos.
Sabe caro anônimo, como você deve ser um legítimo defensor do agregado da herança Européia como sendo Bruxaria Tradicional, acredito que não deve fazer como 99% dos defensores da mesma visão sua, ou seja, além de distorcerem a Wicca, tem a cara de pau de distorcer os ebós e feitiços das religiões nacionais, mudando apenas o nome da Entidade ou da Yabá por um nome de uma das Deusas do Paganismo. Retiram, na maioria das vezes apenas o sangue de algum sacrifício e – por falta de coragem - substitui por ketchup ou suco de morango, ou trocam o dendê por óleo de oliva, no resto até as flores, plantas e ervas que usam, são legitimamente nacionais, nada nascido, crescido ou cultivado da Europa. Que lindo néh, se diz descender de uma linhagem de avós celtas e não tem nem um corpo de pratica que seja da Europa, tudo é tirado e reciclado dos cultos que aqui surgiram ou fincaram raiz – Catimbó, Candomblé, Umbanda, etc...-

MEU CAMINHO
Primeiro não é de sua conta, pague minhas contas e durma comigo pra procurar ser tão íntimo. Não devo satisfação a você, nem a ninguém, como tenho dito, vivo do suor do meu rosto, não pago pau pra Bruxa ou bruxo algum, não fico tirando onde quando viajo com dinheiro alheio. Mas para que você e muitas desocupadas que passam o dia nas redes sociais fazendo futricas e intrigas – isso é falta de sexo, falta de gozar. e que  acham que meu nome é osso, pois não sai da boca de vocês: Afirmo Sou Juremeiro, Catimbozeiro, Feiticeiro, Bruxo, Mandingueiro, todos os credos, ethos e aethos são meus por herança e adoção, sim, sou Bruxo e Cainnita sim, e nem você e nem nenhum FDP vai me dizer ao contrário, a menos que me faça gozar muito e pague minhas contas.  

Espero ter lhe respondido...

sábado, 8 de novembro de 2014

AS PSEUDOS-MUSAS DO CAMINHO SOLITÁRIO

Por Jayhr Gael Lvnae



Certo dia uns irmãos de nosso Antigo Coventiculo surpreenderam-se ao saber, que, além do Catimbó Jurema e do Candomblé, eu ainda praticava os ritos da “Fé Sem Nome”, foi uma reação chocante - afinal, como poderia eu, misturar as coisas assim? - Que nexo havia nessas reações se eu já sabia que vários já trilhavam por caminhos adversos e outros estavam estancados no zero da vida espiritual?. De qualquer sorte, passado o susto inicial, surgiu a idéia de criarmos um grupo no WhatsApp, que posteriormente migrou para uma Comunidade Fechada no Facebook.

Sim, ali foi sendo reunidos aos poucos, boa parte de nossa Família, com raras e poucas exceções, estão à maioria dos que adotamos como filhos Coventicular, misturam-se naquele espaço virtual os Candidatos, Noviços, Dedicados, Iniciados e Elevados em Graus em nosso Sangue Lvnae.

E foi justamente dali, que alguns lançaram a idéia de um recomeço, de um retorno ao “Aquém do Véu” de nosso Coventiculo, a final ele estava no “Além do Véu” já fazia alguns anos e grande parte sentia-se saudosistas – uma vez iniciado o caminho nunca mais as coisas voltarão a ser como eram – o que era compreensivo e aceitável - pois aquilo que nos une é maior que do que aquilo que poderia nos separar. E assim, essa idéia ia ganhando corpo até mesmo dentro minh’alma.  



Acontece que aquilo que se apreende - com a Mestra Vida - não se esquece com facilidade – pés atados, porém soltosa que preço isso ia se realizar? Quem de fato estaria disposto a pagar o preço? – afinal, disponho de espaço, mas de pouco tempo. Além disso, as Pseudas- Musas do mundo virtual -  Lembrança, Solidão, Raiva, Ódio, Rancor, Cobrança, Preguiça, Decepção, Arrependimento, Mentira, Padrão, Engano, Frustração, Teste, Traição, Percepção, Humildade, Medo, Prazer, Vaidade, Vingança, Dor e Revelação -  como suas homônimas gregas, também  “sabem muitas mentiras dizer símeis aos fatos " e “sabem, quando querem, dar a ouvir revelações", com o agravante que nos dias atuais elas mesmas levam pessoas a visitarem constantemente  os consultórios Psicanalíticos e Psicológicos, sem contar com os Psiquiátricos – haja tarja preta.

E as Pseudos-Musas Vira-Latas Nacionais - Imitações baratas das Filhas de Menmosine e Zeus - com suas vozes de gralhas e seus instrumentos tupiniquins – apenas para contrastar com as rivais Européias – cantaram os augúrios, mais ao contrario das Gregas que cantavam a existência futura, elas cantaram a existência passada.

 Cada qual em sua área de atuação destilou rios de vivencias pretéritas em forma de imagens – boas e ruins – a parte intolerável, é que, isso foi em forma de Pagode Baiano do Gueto – coisa que não suporto, mas, perdoável, afinal, elas são Musas da Periferia – E antes que você ria delas, saiba que elas - apesar de receberem bolsa família, são sábias e passaram na escola de musas, somente pelas cotas raciais –  sabem muito bem prever o futuro, alias, não tem cartomante melhor que elas.

Quatro delas em especial – Mentira, Padrão, Engano e Teste - foram mais eloqüentes e cultas e chamaram minha atenção, pois usaram métodos fora do comum – cantaram MPB e Bolsa Nova - e evidente que dei ouvidos a elas, e, com isso um plano infernal foi soprado e concebido em minha  alma e mente - Luciferiana e Qayinnita.

Fiz um chamado aos Corvos Lvnae no blog e na Comunidade recém criada na rede social do Facebook... e muitos curtiram, alguns comentaram, e ninguém entendeu. Não entenderam mesmo, então fui mais direto, criei um novo grupo privado, para que ali se fosse tratado da busca do Caminho Solitário Luciferiano e Qayinnita. Fiz o anuncio –  ou melhor,  joguei a rede que me foi dada por “Padrão e Teste” - e esperei que os peixes mordessem a isca. Do universo de mais de 80 pessoas, pouco mais de 16, se interessaram e entraram.  Dentre estes, um ou outro, “Pavão”, ou seja, aparentemente sábios em demasia, associaram-se.

“Padrão” deu o alerta cochichando em meus ouvidos: cuidado com os cânticos de “Decepção”, eles atraem “Frustração e Solidão” e se não tomares cuidado, “Dor” e “Raiva” se tornarão suas parceiras nesta Jornada. Alerta dado, consultei o “poço da Ilha de Avalon” e logo “Arrependimento” provou que o sibilos de “Padrão” – que deixariam a Sacerdotisa do oráculo de Delfos no chinelo - estavam corretos – e nem digam que esta massa era da boa, pois “Padrão” é careta.



“Os Mestres” foram os primeiros a pularem fora do aquário - como ratos em um navio a pique – reclamaram que os exercícios iniciais eram simplórios, que as práticas eram medíocres e estavam muito aquém de seus níveis de conhecimento, que as pessoas ali eram desinteressadas, etc... - acontece que lhes faltaram ouvir o cântico de “Percepção” – alias a única com ouvidos apurados para a musica clássica – pois não viram que seu papel ali era justamente aprender os primeiros acordes de “Humildade” e assim agregarem aos tons de “Vaidade”, um acorde poético que lhes dessem bons ouvidos a “Prazer”.  Também, entre nós, havia o tipo investigador – pois o Grupo criado tinha por objetivo pessoas de qualquer nível, pertencentes ou não a grupos formados -  ou seja, movidos ao som de “Rancor”, achavam que “Traição” iria roubar a cena tocando -  em suas mentes doentias - pensavam que eu tinha como objetivo com o grupo, botar para tocar a musica de “Vingança” – vaidades das vaidades - entraram não para colaborar, não apara aprender e ensinar, mas apenas com intuito de sondar minhas intenções junto aos seus pupilos e assim se precaverem de minhas más intenções e do meu plano diabólico de destruir seus grupos de sucesso e bem estruturados – com muitas ovelhas brancas, e uma ou outra, ovelha negra.

Deste ponto em diante “Padrão” cedeu espaço a “Teste” e eu simplesmente me tornei um oráculo para ela, e ouvindo suas palavras cantadas como um bailado triste e lento, deixei intencionalmente de ser participativo em ambos os grupos, como resultado disso a maioria das pessoas ali deixaram de ser proativos.  

E este cântico de “Teste” não falha, ele revelou suas irmãs mais chegadas: “Preguiça e Cobrança”. Revelando, algo que já havia visto na vivência Coventicular - o tipo buscador Ovelha - essas duas últimas irmãs, andam de mãos dadas, e entoam um Louvor a este ultimo tipo de buscador: “se não tiver quem me cobre, à preguiça me deixam inerte, e é preciso, usar de chicote no meu lombo, para que eu de fato pratique algo, sou do tipo que só faço o que seu mestre mandar, uso "tapa olho de cavalo espiritual” e assim não percebo o que se passa de fato em minha jornada no Caminho Qaiynnita. Em palavras simples, esse cântico, sem rima, sem versos e sem prosas, revela que esse tipo é incapaz de buscar ou praticar ao som de “Solidão”. Precisam sempre de um Mestre para lhes ajudar a encontrar e superar o medo – pois não se preparam de fato - dos perigos e dos Espíritos do Caminho de Caim. Seus egos submissos, são seus próprios cabrestos, freando, dominando e direcionando sua busca – sua psique enraizada na moral é o condutor da carruagem que direciona o cavalo de sua Peregrinação. E passam sempre a viver com ”Lembrança e Ódio” do que fizeram, do que podiam ter feito e sido.

Assim, do universo de mais de oitenta pessoas, e, de um outro universo virtual de quase vinte, ficaram três ou quatro na busca. Vivam vocês, estamos juntos.

“Padrão” canta:
Egos feridos e enraizados, não hão de não entender e não aprender com os próprios erros, hão de crucificar-te. Carapuças hão de caber em cabeças alheias.

Respondo a “Padrão”: Eu vivo de meu suor e trabalho, quem paga minhas contas sou eu, se não querem refletir e recomeçar, problema de cada um....  Foda-se quem se doer, será bom mesmo que expressem e comentem, assim, não preciso expor ninguém, deixo que cada um dance ao som de “Revelação”.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Quimera

Anjos se encontram
a fugir da luz que cega seus olhos.
Abrigam se nas sombras
procurando um novo caminho.

Se reencontram num olhar,
num gesto, num toque.
E assim, sem palavras.
Almas conversam

como velhas conhecidas que se reencontram.
Um minuto, uma chance, um beijo.
Uma eternidade em 60 segundos.
Sua chamas já não o assustam mais.

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De Marcos Araújo
Publicado aqui com autorização do autor

sábado, 30 de agosto de 2014

CASTELOS

Busquei sonhos..
Encontrei pesadeLos...
BusqueI amizade...
Encontrei decepção...
Busquei amor...
Encontrei desilusão...
Castelos ruíraM
Muralhas vieram ao chÃO...
Como confiar em que mente, esconde, te ilude e acha que te engana?
Quantos passos errados foram evitados hoje..?.
Com certeza sou filho de Oyà,
Pesquei no ar e ...
Nas entrelinhas ventiladas em susurros!!!!
Sentença foi dada... na noite as escusas,
Buscas me apunhalar pelas costas...
Só te esqueces.. que
Na ânsia de teu desejo insano...que
Armei a arapuca, que Odé meu pai me ensinou
E tu a presa caiu... segredou aos ouvidos de quem
Não tinhas direito, a vontade de estar só e poder agir
fez tudo para.....
Evitar que eu soubesse, do trato... calei..
Não notou?
Não percebeu?
Achas estranhos um copo de cerveja?
Mas em fim, sou Guerreiro,
Filho de Ogum,
Perdi uma batalha e não a guerra....
A beleza e a sedução de Mamãe Oxum me acompanham e
suas artimanhas também sei usar...
Na esquina espero, a encruza você passar...

sábado, 28 de junho de 2014

OS ANCESTRAIS


Autoria de Carolina Conjure.
Publicado aqui com autorização expressa e por escrito da autora

Titulo Original do Artigo: “THE ANCESTORS”

Fonte do Original do Artigo: http://www.carolinaconjure.com/the-ancestors.html
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Trabalhando com Espíritos 

Muitos Praticantes[1] começam seus trabalhos com os Espíritos Dos Mortos na forma de Ancestrais. Com os Espíritos dos Mortos ligados a eles por Sangue. Acredita-se que os mortos de fato não morram, mas sim sobem para outro nível, de onde podem olhar por nos e nos ajudar. A partir deste nível superior, os Ancestrais podem guiar-nos em nossas vidas diárias, interceder junto a Deus[2] em nosso favor e nos proteger em momentos de necessidade. 
O processo de trabalho com os Ancestrais começa com a construção de um altar Ancestral. Antes de continuar, eu gostaria de salientar que muitos Praticantes[3] são cristãos e aderem ao mandamento de Deus em Êxodo 20:3:” Não terás outros deuses diante de mim”. Logo, por esta razão, os Praticantes não adoram os Ancestrais ​​na mesma medida em que eles veneram. E é nele, no altar Ancestral, o lugar onde esta veneração ocorre ritualmente.

A criação de um altar Ancestral é benéfica por muitas razões, algumas das quais incluem, mas não estão limitadas, as seguintes:
  • Ele permite que você faça uma conexão espiritual com o outro lado;
  • Ele permite que você tenha a oportunidade de desenvolver um relacionamento com os Aliados Espirituais [4].
  • Ele confere certa dose de proteção a você, pois convida os Espíritos de “Entes Queridos” já falecidos para ser uma parte ativa de sua vida;
  • Ele lhe permite maior acesso à informação na forma da sabedoria e experiência de seus antepassados, especialmente, se eles foram Praticantes da Espiritualidade[5] ou se tiveram um talento ou habilidade especial;
  • Ele prepara você para trabalhar com outros tipos de Espíritos e com os Espíritos que não estão ligados à você pelo sangue.
A Criação de um Altar Ancestral é bastante simples e não há nenhuma disposição padrão para isso. Porém, como outros altares, muitas vezes eles vão crescer e mudar em relação ao seu sistema de crença pessoal, de sua compreensão de como colocar essas crenças em prática, dos itens que você tem e/ou pode obter, e por vezes, por solicitação dos próprios Ancestrais​​.

Quando da criação de um Altar Ancestral duas coisas importantes você deve levar consideração. São elas:

1. Onde colocar o Altar;
2. O que colocar no altar.
Onde colocar o Altar 
Onde colocar o seu Altar Ancestral, vai depender do seu sistema pessoal crença, e do que você tem disponível para usar como um altar e do tamanho de espaço que você tem para trabalhar. Realmente não existem regras rígidas e rápidas sobre a colocação altar. Às vezes, você vai ouvir que um Altar Ancestral não deve ser colocado no quarto devido a preocupações com a privacidade, pois podem surgir momentos íntimos com seu parceiro. 

No entanto, não há realmente nenhuma razão lhe impeça de colocar o seu Altar Ancestral em seu quarto, exceto se ele fizer você se sentir desconfortável tendo-o ali. Só porque o seu altar Ancestral é em seu quarto, não significa que os seus antepassados ​​estão ligados a esse local especifico da casa. Se um momento íntimo surgir, você pode se sentir seguro no conhecimento de que os ancestrais vão desculpá-lo. Se você não tem escolha a não ser colocar o Altar Ancestral em seu quarto, você pode cobri-lo com um pano branco, sempre que você acha que pode ocorrer intimidade com seu parceiro.

Um altar pode ser feito de praticamente de qualquer superfície plana disponível. Esta poderia ser uma mesa de café, a parte superior de um armário de gavetas, um estante ou deck de livros, uma prateleira pendurada numa parede, uma mesinha lateral, etc... A única exigência para o seu altar é que seja grande o suficiente para armazenar tudo o que você deseja colocar sobre ele. Por exemplo, meu Altar Ancestral é uma prateleira da parte de cima de uma estante, que esta localizado na parte de dentro da minha porta.

Antes de montar o altar, é importante que a área seja limpa. Eu costumo limpar a área com um pano úmido e algumas gotas de amônia, seguido por unção dos quatro cantos e no centro do altar, com gotas de Óleo Guia Espiritual ou Óleo Paz no Lar.

O que colocar no altar 
Um Altar Ancestral básica pode ser feito com os seguintes itens.
  • Um pano branco consagrado;
  • Um copo de água;
  • Velas brancas;
  • Flores brancas;
  • Fotografias e / ou pertences de parentes falecidos.
Os artigos são colocados no altar de uma forma agradável para o olhar. O Praticante usa um pano branco, velas e flores brancas, o uso do branco é derivado da crença de que ele representa tanto a pureza como a limpeza. A água é oferecida aos Espíritos para lhes dar refresco. Todavia, por vezes, os Antepassados ​​irão solicitar que você lhes ofereça café, whisky, algum outro líquido para beber. Quando isso ocorrer, você deve fazer o que eles pedem. A água é tradicionalmente mudada nas segundas-feiras, no entanto eu pessoalmente gosto de fazer isso aos domingos, pois é o único dia da semana que eu tenho certeza que toda a minha família estará junto comigo.

Além dos itens mencionados acima, você também pode colocar itens que pertenciam aos mortos na vida, ou itens que eles gostariam. Por exemplo, você pode ter os óculos de sua avó, ou o relógio de seu pai; você pode optar por colocar uma determinada marca de cigarro no altar porque foi a favorita de um tio, ou um livro de quebra cabeça ou palavras cruzadas porque um ancestral apreciava completá-los.

Em alguns casos, você pode decidir fazer coisas em seu altar que você fazia junto com seu antepassado quando este era vivo. Por exemplo, se sua mãe gostava de costurar, você pode honrá-la se sentando diante do altar e costurar um saco para itens mágicos ou uma roupa para boneca. Se o seu avô adorava ler westerns você pode comprar um livro para manter no altar e ler para ele um capítulo de cada vez.

A única advertência ao colocar fotos no altar é que você nunca deve colocar fotos de vivos ao lado de fotos dos mortos. Além disso, pode haver um Ancestral falecido que você está convidando e que ele se sinta desconfortável em seu espaço. Vocês podem não ter se dado bem quando ele estava vivo, ele pode ter sido considerado uma pessoa "má", ou morreu "mau", etc... Se este for o caso, sugiro que você trabalhe com os Antepassados com ​​quem se sinta mais confortável no inicio dos contatos com os mortos. Depois de ter desenvolvido um relacionamento com esses Ancestrais, você pode querer pedir-lhes para ajudá-lo a fazer a paz com o outro indivíduo (s).

Trabalhando com os Ancestrais 
Por outro lado, como você trabalha com os seus antepassados​​, as orações que você diz, as ofertas que você faz, e quantas vezes você serve em seu Altar Ancestral dependerá do seu sistema de crença pessoal. Por exemplo, os católicos são conhecidos por terem orações prescritas que eles oram por hábito (como o Rosário), enquanto orações batistas são freqüentemente extemporâneas. Cabe a você decidir qual a forma que a sua veneração aos seus Antepassados ​​vai ter. 

Eu como alguém que foi criada em uma família batista, muitas vezes começo a minha veneração acendendo a (s) vela (s) branca (s) e recitando a Oração do Senhor. Esta foi à primeira oração que aprendi na Escola Dominical e muitas linhas dentro dela fala profundamente comigo em um nível espiritual e facilita para mim trabalhar com os Espíritos dos meus Antepassados.

Por exemplo, A oração começa: “Pai Nosso que estais no Céu, Santificado seja o teu Nome”. Estas palavras reconhece Deus como nosso primeiro ancestral, ou Pai; “Assim na terra como no Céu”, Tudo o que ocorre no altar acontece porque Deus quis. “O pão nosso de cada dia, daí-nos hoje”, não o meu pão de cada dia, mas o nosso pão de cada dia. Esta é uma referência para fazer oferendas para os Espíritos e os benefícios que recebemos em troca de nossa devoção. “Não nos deixeis cair em tentação, mais livrai-nos do mal”, este é um pedido a Deus para que nenhum espírito maligno nos faça mal ou nos dê um mau conselho, bem como, é um pedido para que nenhum mal aconteça os Espíritos que habitam no nosso altar.

Algumas pessoas trabalham com os seus antepassados ​​todos os dias, alguns se aproximam de seu Altar Ancestral uma vez por semana, e alguns trabalham com os seus Antepassados ​​sempre que tem uma intuição, noção ou percepção. Eu sinto que é muito importante se estabelecer uma prática regular de oração em seu Altar Ancestral, não todos os dias seguidos, mas no mínimo, uma vez por semana. Tudo o que você decidir que é importante deve ser consistente com a sua prática.

O Boneco Ancestral
O boneco Ancestral é um boneco que representa todos os seus antepassados ​​“positivos” conhecidos e desconhecidos e, por esta razão, o boneco não terá um rosto, (veja a foto à direita) e nem seu sexo ficará evidente. No entanto, em alguns casos, um Praticante pode fazer boneco Ancestral fêmea e um macho, dependendo de suas escolhas pessoais.

Para fazer um boneco Ancestral, costura-se um boneco da roupa usada de um parente ou parentes falecidos. Se não existir tal roupa ou não estiver disponível, alternativamente, o boneco pode ser feito de pano branco. O boneco pode ser recheado com pedaços de panos, bem como, os itens que são normalmente encontrados em um Altar Ancestral, como artefatos pessoais, terra de cemitério, cópias dos certificados de nascimento / morte, etc...

Se você não tem quaisquer artefatos pessoais de um membro falecido da família, basta escrever o nome dele (deles) completo em um pedaço de papel e incluir todas as demais informações pertinentes que você tem (nascimento / data da morte/etc...), bem como, quaisquer memórias felizes ou histórias envolvendo essa (s) pessoa (s). Desta forma, você está preservando a memória desse (s) acontecimento (s) / história (s) e cria seu próprio artefato pessoal.

Para usar o Boneco segure, converse, e também pode ser levado com você quando viajar. Desta forma, o Boneco Ancestral é semelhante a um altar ancestral portátil. O Boneco Ancestral é a escolha perfeita para quem deseja honrar e trabalhar com os seus Antepassados​​, mas que tem uma quantidade limitada de espaço para trabalhar ou para aqueles que têm de trabalhar em segredo por qualquer que seja as razões.
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[1] A autora usa o termo: Root-Workers, que traduzido quer dizer “trabalhador de Raízes”, e segundo observa-se é uma das formas (no Caribe e parte da America Latina) de descrever o praticante de Xamanismo, Bruxaria, Feitiçaria ou Curandeirismo, mas ligados a manipulação de ervas ou plantas (psicoativas ou não); mas também, pode se referir a um Conjure ou Conjurador.
[2] A autora usa o termo: Godhead , que pode ser traduzido por “Divindade”, “Ser Supremo”, “Criador”, “Deus”, Suprema “Personalidade de Deus”, notadamente referindo-se ao Deus Judaico-Cristão.
[3] A autora usa novamente o termo: Root-Workers.
[4] A autora usa o termo: Allies, que traduzido refere-se à: confederado; aliado; parente; concordar; aliar-se; confederar-se, portanto, pode esta se referindo aos “Espíritos Familiares” das Bruxas..
[5] A autora usa o termo: Spiritual-Practitioner, que traduzido quer dizer Praticante-Espiritual, mas acredito que o sentido aqui é o de alguém de seus Ancestrais que tenham de alguma forma de espiritualidade reconhecível.
************************************************************ Titulo Original do Artigo: “THE ANCESTORS”
Fonte do Original do Artigo: http://www.carolinaconjure.com/the-ancestors.html
************************************************************ Autora do Artigo CAROLINA CONJURE
Site:
http://www.carolinaconjure.com
Facebook: 
https://www.facebook.com/carolinaconjure?fref=photo
************************************************************ Fonte do Original do Artigo: http://www.carolinaconjure.com/the-ancestors.html
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Tradução: Jayhr Gael Lvnae. ************************************************************
Publicado aqui com autorização expressa e por escrito da autora. Proibida a reprodução por qualquer meio sem a expressa autorização da Autora. Não autorizamos a reprodução da nossa Adaptação do Artigo sem a autorização da autora.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Oração à Dama Escura





"Pomba minha, que andas pelas fendas dos rochedos, no oculto das ladeiras, mostra-me a tua face, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e a tua face misteriosa." - Cânticos


Escuridão do Útero, do esquecimento e da perda.
Morte e o fim do Ciclo que trará a Paz.
Sabedoria dos nossos Ancestrais, 
manifesta no processo de transformação de toda a Matéria.

A realização de que somos compostos de Carne e Morte,

O Salto para o Outro-Lado, o Lar de nossos Ancestrais e a Fonte da Criação.

(hipótese 1)

Santa Catarina,
livrai-nos da atitude apressada, irrefletida,
que não resulta em benefício ou amadurecimento.
Rogai por nós.


Ou
(hipótese II, foi em específico para um malefício)

Santa Catarina,
livrai-me de meus inimigos.

Corte fora toda má língua e todo mau olho voltado contra mim.

Que meus inimigos, sejam teus inimigos.
Que minha família seja também tua família.
E que os inimigos de minha família sejam também teus inimigos.
Que aqueles aos quais tenho ódio, tu os odeies.

E toda boca se abrirá para pronunciar seus nomes
e somente será para que eu ouça de suas tragédias.


Pomba Sagrada que desdobra o fluxo e o refluxo da Lua.
Rainha do Sangue que cavalga as ondas do Leite da Noite
Impregnando inspiração pela virtude da Ausência.
Terror da Noite e Ausência de Som.
Solidão e o Isolamento.
Mãe das Bruxas, aquelas que vivem no limiar dos mundos 
E que embalsamam o mundo de poesia e de encantamentos.
Tu vives nas paisagens selvagens, onde não existe Sol ou Calor,
O caminho ensanguentado para a raça escolhida.

Santa Catarina,
livrai-nos da atitude apressada, irrefletida,
que não resulta em benefício ou amadurecimento.
Rogai por nós.
[...]

Manifesta tua Luxúria e Violência, 
Levando-nos para o limiar do conforto
Onde em seu encontro receberemos as carícias 
Que levam a Tensão e ao Êxtase Divino.

Transformas nosso corpo em instrumento da Noite, 
Torna-o na ausência manifesta.
Entrega-nos teu Mistério,
Faz fluir o Sangue através do Véu para os marcados como teus.
Eros e Thanatos são teus cavalos e sua carruagem é da Lua,
Este é teu mistério velado pelo Leite da Lua e a Carne Noturna.

ou
Manifestada em Luxúria e Violência, 
Levando seus filhos ao limiar do conforto,
Onde em seu encontro receberão as carícias 
Que levam a Tensão e ao Êxtase Divino.

Transformando o corpo em instrumento da Noite,
na própria ausência manifesta.
Entrega-nos teu Mistério,
faz fluir o Sangue através do Véu para os marcados como teus.

Eros e Thanatos são teus cavalos e sua carruagem é da Lua,
este é teu mistério velado pelo Leite da Lua e a Carne Noturna.[...]

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Inspiração (autor) de Artur Morais, Sábado, 17 de maio de 2014.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

A TAÇA E O VINHO - AS INCERTEZAS DO CAMINHO

O DIÁRIO DE AZAZEL – PÁGINAS 1460 - 1461

 

"Vinhos são como os homens. Com o tempo, os maus azedam e os bons apuram"

Cícero, filósofo Romano


A vida Coventicular nos muda muito.
O viver no akerrale não é fácil, ver a alegria das chegadas e a dor das partidas, nos ensina e molda a ser imunes, a não termos apegos.

Os apegos nos prendem e nos torna acorrentados ao passado e a dor.
A Arte sem nome, cujos uns dos epítetos em língua portuguesa e Bruxaria, nos ensina a deixar partir, nos forçar a entender o sentido de liberdade, nos mostra a diferença entre se acorrentar e se libertar.

Toda partida tornar-se-á um reencontro, isso é certo, “Destino, Senhora de Todas as Conseqüências” move o Tempo, movimenta as correntes e sopra os ventos de partida, e, na circunferência do circulo da existência, nos empurra sempre a um ponto de reencontro, onde tudo teve inicio. E, aquilo não resolvido pelo Peregrino que viajou por estradas estranhas é trazido de volta. E o que fazer?

A tendência natural do Líder Coventicular é a de não ouvi os avisos soprados na sua consciência pelo Dhulqarnen[1], ou, as manifestações daqueles que jazem debaixo da terra em que se vive, de imediato busca ajudar, orientar, e, doar-se novamente.  

Só que isso depois lhe trás novas partidas dolorosas, deixando para trás o sentimento de mais uma vez ter sido enganado ou traído.

Mas isto, não é culpa do Peregrino que retorna e se vai, a culpa maior está no próprio Líder em teimar em não viver o que ensinaSe diz Luciferiano e esquece de quea mente é considerada "Luciferiana" na percepção – ou seja, quando tem a capacidade de estar em constante mudança e progressão[2]”.

Se professa Qayinnita e depois se esquece da forja, do martelo e da bigorna, do forcado e do arado e dos caminhos de solidão de Caim.

Há uma frase que vi escrita no muro do Colégio da Policia Militar, quando lá fui professor que diz ”palavras convence, o exemplo arrasta” e isto não está sendo viso, vivido ou praticado pela maioria dos Líderes que conheci, volta e meia vejo-os se lamuriando pelas redes sociais, por que Tal pessoa era de seu Grupo e saiu e quando tava na merda voltou, e ela ou ela, aceitou, recolheu, e depois tomou o velho e bom “pontapé na bunda”.

Ora meus caros!!!! Será que a culpa é de quem te deu o pé na bunda ou sua, que não apreendeu nada do que ensinava?

Reflita bem antes de apressadamente responder.

Apesar da maioria dos meus leitores terem, sem motivo real, aversão ao cristianismo, gosto dos textos evangélicos como exemplo e um deles diz: “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos[3]”.

  • Esse textinho da tão odiada bíblia já lhe passou pela cabeça como sendo algo a ser observado?
  • Você lembra quantas vezes ensinou que a Bruxaria é para todos, mas, nem todos são para a Bruxaria?
  • Sim, já pensou nisso, ou isso só aplicava a quem você, na limitação de sua mente, prendia pelas suas carências, pelas suas necessidades afetivas e talvez desejos ocultos?
Você realmente pensou que só porque tinha predileção maior por “a” ou “b”, que eles ficariam ao seu lado em todos os momentos? 

Decepção e ledo engano, na maioria dos casos, a quem você mais dedicou tempo, a quem você mais confidenciou, em que você mais investiu, foi justamente quem lhe deu o tapa da cara, lhe causou maior sofrimento.

E aquele ou aquela Zé ninguém, aquele ou aquela Zé ruela, aquele que ou aquela que você mais desprezava e num dava um pingo real de atenção ou ensino, foi justamente quem realmente ficou ai com você. Mas que depois de ver você pulando feito coelho na pascoa, decidiu que deveria partir.

Pois agora quem lhe virou as costas, volta com cara de “santa puta”, com rostinho de “Maria Madalena arrependida”, faz aqueles olhinhos do Gato de Botas no filme Shrek e você cai que nem neném na conversa pra “boi dormir” e você se alegra. E sentindo o pseudo gosto da vitória, pensa que tá dando o troco, que tá dando um tapa com luva de pelica na cara de quem te deixou a ver barcos a partir no porto e como o Pai do Filho Pródigo, faz festa, anuncia aos quatro cantos do Facebook e dos WhatsApp que teu filho prodigo voltou.
  • Você não aprendeu a lição né?
  • Não compreendeu a ordália e as peripécias de Destino?
E novamente deixa quem tá ai do teu lado, sim, aquele ou aquela “pé de pano”, mero coadjuvante do Pica Pau, que você na ausência do Peregrino Pródigo, fez teu confessor, derramando litros de tuas lamurias de lado.

Sim, é isso mesmo, você tem o péssimo hábito de lançar aos coitados suas frustrações e decepções ao invés de tirar proveito das lições que Destino te dá.

Por isso, vou te ensinar algo hoje: “um Líder real, não deve dividir suas dores e frustrações com seus dedicados ou iniciados ele tem de ser o exemplo em tudo”. 

Voltando ao texto:

Vou te dá um exemplo prático:

Um irmão que se afastou do grupo há quase cinco anos e me deu um belo pé na bunda. Tal irmão foi quem dediquei tudo, sonhava ser meu sucessor, dei ensino, tempo, atenção, dinheiro, amor, carinho. Fiz até inimizades, adoeci durante e depois de sua partida. Tal pessoa me excluiu totalmente de sua vida, me deletou das redes sociais, durante anos nunca deu qualquer notícias e nem procurou saber como eu estava, em fim, comi o “Pão que o diabo amassou e repisou três vezes nos quintos infernos”. Em meados de abril/14, fui procurado pelo WhatsApp por ele para pedir ajuda para a pessoa de suas relações que sofria de algum tipo de perturbação, acontece que tal pessoa que necessitava de ajuda, se tornou, com os motivos que só o “Tinhoso de Pés Fendidos” saberia, desafeto de minha pessoa e eu nem nunca a conheci ou falei pessoalmente. Minha resposta foi categórica “Meus Juramentos são com você irmão e não com a pessoa que necessita de ajuda, aconselho buscar ajuda profissional para ela”. Fui chamado de infantil, vingativo, criança, que mudei, que o Gael que tal irmão conhecia não existe mais e tal, e de coisas piores. 

Duas coisas ele não tinha percebido:


a)  A primeira é: vai que eu tente ajudar com minha cara de “Santa Puta” sem bordel e tal pessoa surte e piore e que o caso seja psiquiátrico, ou ela invente que eu a estou prejudicando, em quem meu irmão acreditaria?  Claro que não em mim, e sei disso, por experiência própria.



b) A segunda e serve para ele e para você meu leitor: “ Que quem caminhou o caminho Nocturno de Caim, sem está verdadeiramente em busca da Luz entre os Chifres do Diabo, tende a temer a solidão D’Ele. No caminho de Caim, aprendemos com Ele, a buscar a ajuda somente do Pai Espiritual e dos Espíritos do Além, e estes estão sempre do nosso lado”.


        Portanto, na vitoria ou na derrota, deves deixar que os que Partiram - apesar dos conselhos que o “Diabo Iniciador” deu através de ti - bebam sozinhos da taca que sozinhos escolheram... E mais, recuse, caso te ofereça, a provar o sabor do vinho colhido na seara que quem partiu plantou  ... Afinal é tudo parte colheita do Caminho Qayinnita... Quem - apesar de advertido - escolheu a taca, deve sorver sozinho o vinho dentro dela”

Entendam que a taça é a partida, as sementes são os motivos, os frutos e o vinho são as conseqüências das partidas, e não te é dado o direito de compartilha do vinhedo alheio.
E eu aprendi com tempo, que não devo fazer às vezes de sommelier e provar todos os vinhos produzidos pelas escolhas erradas.

O caminho de Caim ensina que você deve sorver só o vinho de sua colheita... Caim não dividiu a taca com ninguém, sorveu suas ordálias e transformou-se no Homem de Luz ...


Não deixe que tua arrogância disfarçada de piedade te faça esquecer aquilo que te foi ensinado: O crânio de Abel no qual ele bebe e leva consigo são as lembranças do que foi e a mascara que deve ser no mundo, ali ele vislumbra os oráculos do futuro e compara com os erros e acertos do passado,.. E como diária Hubrecht Dujker: "A Vida é curta demais para beber vinho de má qualidade".


Por isso a mim, basta minha taça..

E a  ti, o que te basta?

Amém+
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Extrato de conversa do Whatsapp em 28/05/2014, que revela verdade e a mentira no estreito caminho entre o cinismo e a ingenuidade.....




[1] O Líder do Coventiculo ou “O Senhor dos dois Séculos” conforme nos ensinou o Mestre do Coventiculo na prática, é o Familiar ou Homem de Preto que continua sua existência depois da morte (física), uma existência separada do ente corpóreo, seu Espírito permanece em atividade de um século para outro, tendo perfeita lembrança de sua vida e podendo se manifestar através de várias formas, enquanto preso a terra nos ritos necromânticos.
[2] VOX SABBATUM, ByMichael W. Ford.
[3] Matheus 22:14.
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