sexta-feira, 21 de março de 2008

CELIBATO

Como um Padre carcomido pelo celibato
Como um macho vencido da manada
Trancafiei meu desejo na cela dentro de mim
Cuspi
No prado comido,
Transado, gozado
Que me quer sempre
Com volupia e prazer
Vomitei
Em nosso santo ex-leito de luxuria
Onde hoje
Com fraternal amor
Estende-me tuas mãos brancas como as da morte
Com teus dedos finos e pálidos
E pronuncias
A maldição sacrílega
Ao chamar-me
Irmão e amigo...
E eu brigo
Com meus instintos,
Enfrento
Silenciosamente Satã
E rezo ao Diabo que te leve
Para dentro de nós outra vez
Tua maldade e maldição não tem fim
Maliciosamnete
Pronuncias que preciso de um novo amor
De alguém que me entenda
E me tentas
Com um abraço e um afago,
Com leves roças de braços,
Com abraços secos e molhados,
Meu talo
Enridescido
Meu líquido
Um torpor me toma
Dispara meu coração
Suores frios
Encharcam-me o corpo e docilmente finges não ver
Saber...
Que desejo e não posso.
Amém, que assim seja.
Cumprindo a sentença do tezão sem prazer
ter....
Querer
Você...

Qaynn Semjaza (V.A.BA) 21:23 21/04/2008

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