domingo, 17 de fevereiro de 2013

ESTALO

No inicio um estalo, 
Uma faísca iluminando a escura solidão dentro do meu peito
Minha alma carcomida de rancor,
Encontrou paz em teus desejos
O cobre canela de tua pele e a androginia de teu rosto e corpo
Golpe certeiro em meu centro de luxúria
Deitar a cabeça em teu colo, e sentir o pulsar entre tuas pernas
Quase explodo em orgasmos, sem ao menos tocar em mim mesmo
Naquela tarde sóbria cheia de luz e pecado
Entreguei-me por segundos ao mais torpe dos desejos condenados
Possuir por instantes o negro dos teus olhos e arrancar-te o piercing da língua
Por instantes Íncubos nos tornamos explorado toda pura lascívia
A santidade do sexo proibido, profanada em sacro santo delírio
Derrepente se vai de volta ao céu mais puro do lar
Me expulsas caídos do paraíso encontrado entre as carícias de teus abraços 
Ergue contra mim barreiras intransponíveis, 
Relega-me a plano nenhuma em tua vida
Revidas,
Te diz que te abandonei em desgraça,
Se declarava completude de incompreensão
Compreendendo que se jogas em abismos de solidão a poucos centímetros de tua cama...
Não mais há um momento de cumplicidade
Não és mais Meu Pequeno Demônio, mas apenas um Anjo Perdido...
Que se vestiu de Túnicas brancas de moralidade, aquém do limite...
Para corresponder o que lhe manda a sociedade em que te inseres.
Num imenso vazio me encontro,
Longe de meu elo de perdição...
Mas eu...
Estarei aqui...
Esperando teu retorno...
Basta um sinal...

(Inspirado em Danilo Barbosa)

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